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PSI-20 cai mais de 2,50% pressionado pela tensão na Ucrânia

Os principais índices bolsistas mundiais estão a negociar no vermelho na sequência do adensar da crise na Ucrânia. Lisboa não foi excepção e o PSI-20 encerrou a cair 2,57%, com todas as empresas em terreno negativo.

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03 de Março de 2014 às 16:47
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O PSI-20 encerrou a perder 2,57% para 7.190,05 pontos, com as 19 empresas que actualmente compõem o índice a fechar a sessão no vermelho. No resto da Europa, a tendência foi semelhante. O índice que menos desvaloriza é o britânico Footsie, que cede 1,52%, e o germânico DAX é o que mais perde, caindo 3,21%. 

 

A penalizar o comportamento dos principais índices bolsistas está a situação na Ucrânia. A Rússia decidiu enviar forças militares para a região da Crimeia, um acto que já foi condenado pela comunidade internacional. De acordo com os órgãos de comunicação social internacionais, a Rússia não pretende retirar as suas forças militares daquela região. Segundo a BBC, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, defende que a presença das tropas russas na região serve para defender os direitos humanos contra as “ameaças ultra-nacionalistas”. Em Genebra, o líder da política externa moscovita assumiu que as forças russas vão manter-se na Crimeia até que “a situação política fique normalizada”. 

 

Entretanto, os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros deverão aprovar nesta segunda-feira, 3 de Março, uma declaração onde ameaçam aplicar a Moscovo sanções “limitadas e especificamente dirigidas” caso a Rússia não retire os soldados enviados na passada sexta-feira para Crimeia, região da Ucrânia de maioria russófona. Por outro lado, o Presidente da Comissão Europeia, anunciou nesta segunda-feira a realização de uma cimeira extraordinária para “muito em breve”. A SIC avança que será já nesta quinta-feira.

 

Por outro lado, Moscovo elevou o tom nos protestos contra os Estados Unidos, considerando que John Kerry voltou a falar a língua da guerra fria quando avisou o presidente Vladimir Putin que pode ver cancelada a cimeira do G8 prevista para Sochi, e que a própria Rússia "pode mesmo não continuar no seio do G8 se isto continuar".

 

Por cá, o BCP e a Jerónimo Martins foram os títulos que mais pressionaram o sentimento do principal índice da praça de Lisboa. Assim, o banco liderado por Nuno Amado encerrou a perder 4,16% para 0,189 euros. O BPI cedeu 3,22% para 1,655 euros e o BES caiu 2,68% para 1,378 euros. Já o Banif desvalorizou 2,61% para 0,0112 euros e o Espírito Santo Financial Group, a “holding” que detém o BES, deslizou 0,72% para 4,814 euros.

 

Já a Jerónimo Martins caiu 3,61% para 11,87 euros e a Sonae desvalorizou 3,30% para 1,262 euros.

 

Na energia, a Galp Energia foi o título que mais caiu, tendo desvalorizado 2,67% para 11,855 euros. No grupo EDP, a subsidiária das energias limpas perdeu 2,24% para 4,576 euros e a casa-mãe deslizou 1,24% para 3,101 euros.

 

Nas telecomunicações, a Portugal Telecom caiu 2,58% para 3,167 euros e a Zon Optimus cedeu 1,76% para 5,57 euros. Na sequência do “Dia do Investidor” da Zon Optimus, o BPI emitiu uma nota de investimento esta manhã para a empresa. Nesta nota, a que o Negócios teve acesso, o banco reviu em alta a avaliação para a operadora dos anteriores 6,45 euros para 6,50 euros. Face a este preço-alvo, a empresa tem uma margem de progressão de 12,9%.

 

(notícia actualizada as 17h04)

 

 

 

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