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Tecnológicas e emergentes penalizam Wall Street  

As bolsas norte-americanas permanecem em terreno negativo, embora menos acentuado do que o registado nas praças europeias.

Reuters
05 de Setembro de 2018 às 21:38
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Wall Street voltou a fechar no vermelho, com os índices a serem penalizados pela queda das tecnológicas e pela turbulência nos mercados emergentes.

 

O Nasdaq foi o índice mais penalizado, com uma queda de 1,19% para 7.995,17 pontos. O S&P500 desceu 0,32% para 2.887,41 pontos e o Dow Jones ainda conseguiu fechar em alta, com um ganho de 0,09% para 25.974,99 pontos.

 

O sector tecnológico tem sido o grande responsável pela alta de Wall Street em 2018, mas na sessão de hoje foram as que mais pressionaram.

 

As gigantes tecnológicas americanas respondem hoje no Congresso sobre as medidas tomadas em relação à interferência externa na política norte-americana, no mesmo dia em que são acusadas por Trump de terem exercido a sua própria influência nas eleições. Durante o inquérito, a responsável pelas operações do Facebook, Sheryl Sandberg, admitiu que a rede social foi "demasiado lenta" no combate à interferência de Moscovo nas eleições de 2016. No mesmo sentido avançou a defesa do Twitter, na voz de Jack Dorsey, o CEO. Descreveu as novas políticas de monitorização da plataforma, para além de dar conta de mais de 770 contas suspensas por não respeitarem os critérios exigidos pelo Twitter.

 

O Twitter foi o mais castigado, com as acções desta rede social a desvalorizarem 6,06% para 32,73 dólares. O Facebook caiu 3,98% para 167,18 dólares e entre as restantes gigantes tecnológicas as quedas também foram acentuadas. A Amazon, que ontem atingiu a marca da capitalização bolsista de 1 bilião de dólares, caiu 2,19% e a Alphabet desvalorizou 1,01%.

 

Ainda no sector tecnológico a JD.com afundou mais de 10% depois do CEO da companhia chinesa, Richard Liu, ter sido detido devido a acusações de violação.

 

Além da pressão das tecnológicas, a forte turbulência que tem abalado os mercados emergentes não dá sinais de acalmia, com a maioria das moedas em queda e o índice de referência que agrega acções de mais de duas dezenas de países em desenvolvimento a caminho de "bear market".

 

Os receios dos investidores de que os Estados Unidos escalem mais um degrau na guerra comercial contra a China nos próximos dias também continuam a penalizar as acções.

 

Isto porque termina esta quinta-feira o período de consulta pública do plano da administração Trump para aplicar novas tarifas sobre 200 mil milhões de dólares de bens chineses. E o presidente dos Estados Unidos já havia ameaçado, na semana passada, que iria avançar com o plano assim que terminasse este período.

 

Antes da abertura do mercado, foi revelado que o défice comercial dos Estados Unidos subiu para um máximo de cinco meses em Julho, com as exportações de soja e aeronaves e cair e as importações a atingirem um máximo histórico.

 

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