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Tecnológicas não convencem no combate às influências políticas. Acções do Twitter afundam 6%

Twitter e Facebook enfrentam esta quarta-feira o Congresso norte-americano. Foram chamadas a esclarecer os esforços feitos para travar as tentativas de influência de nações estrangeiras, como a Rússia, na política e eleições dos Estados Unidos - um esclarecimento que não correu de feição nem entre as paredes do Capitólio nem entre os investidores.

Reuters
05 de Setembro de 2018 às 17:38
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As gigantes tecnológicas americanas respondem no Congresso sobre as medidas tomadas em relação à interferência externa na política norte-americana, no mesmo dia em que são acusadas por Trump de terem exercido a sua própria influência nas eleições. Os mercados reagem pela negativa: as inquiridas caem e arrastam o principal índice tecnológico dos Estados Unidos.

 

Durante o inquérito, a responsável pelas operações do Facebook, Sheryl Sandberg, admitiu que a rede social foi "demasiado lenta" no combate à interferência de Moscovo nas eleições de 2016, embora sublinhasse que existem melhorias. "Removemos centenas de páginas", disse, acrescentando que os novos utilizadores que forem considerados uma ameaça serão bloqueados.

No mesmo sentido avançou a defesa do Twitter, na voz de Jack Dorsey, o CEO. Descreveu as novas políticas de monitorização da plataforma, para além de dar conta de mais de 770 contas suspensas por não respeitarem os critérios exigidos pelo Twitter.

O senador Richard Burr não ficou satisfeito com estas respostas. Declarou que aquilo que tinha classificado como um "risco inaceitável" e uma "ameaça à segurança nacional" se mantinha. "Claramente, o problema não está a dissipar-se. Não estou sequer certo de que esteja a evoluir na direcção certa", concluiu.

Paralelamente, Trump veio acrescentar críticas à actuação destas empresas, com novas acusações, que constam de uma entrevista publicada esta quarta-feira. O presidente norte-americano diz que as próprias tecnológicas terão interferido nas eleições a favor de Hillary Clinton, pois são "super liberais".

Neste cenário de grande agitação em torno destas cotadas, cresce o sentimento negativo. O Twitter apresenta a maior quebra, caindo 4,85% para os 33,15 dólares, depois de já ter afundado 6,69% durante a sessão.

O Facebook também regista um desempenho negativo, com uma quebra de 1,54% para os 168 dólares, mas a descida chegou a ser de mais de 2% que lhe valeu um mínimo de mais de um mês. O Nasdaq, o índice tecnológico de referência nos EUA, segue com uma quebra de 0,98% para os 8.012.143 pontos, depois de ter descido 1,59%.

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