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Tecnologias, Estados Unidos e China: a trilogia do medo em Wall Street

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China no que diz respeito às tecnologias subiram hoje de tom. Trump começou por dar mostras de uma posição mais suavizada, mas o seu conselheiro Kudlow veio lançar novas incertezas e este sector acabou por arrastar as bolsas norte-americanas para o vermelho.

Reuters
27 de Junho de 2018 às 21:30
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O Dow Jones fechou a ceder 0,68% para 24.117,59 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,86% para 2.699,63 pontos.

 

Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 1,54%, a valer 7.445,09 pontos.

 

Esta quarta-feira, Donald Trump permitiu algum alívio nos mercados internacionais, ao sinalizar que  será mais brando do que o esperado com os investimentos chineses em tecnologia norte-americana

 

No entanto, foi sol de pouca dura, uma vez que Larry Kudlow, conselheiro económico da Casa Branca, disse pouco depois numa entrevista à Fox Business Network que o plano anunciado pelo presidente dos EUA não indicava um posicionamento mais suave no que diz respeito à China.

 

As palavras de Kudlow foram suficientes para as bolsas do outro lado do Atlântico inverterem a tendência, com as tecnologias a penalizarem fortemente a negociação.

 

Na segunda-feira, um responsável da Casa Branca declarou que os EUA iriam aplicar restrições à compra de tecnológicas norte-americanas, não permitindo que sejam adquiridas por empresas que tenham pelo menos 25% de capital chinês. Mais tarde, o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que as restrições irão incidir sobre "todos os países que estão a tentar roubar a nossa tecnologia", o que ainda piorou as coisas.

 

Recorde-se que o próximo sábado, 30 de Junho, é a data-limite para o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos apresentar o seu relatório com as restrições ao investimento chinês em empresas do país do sector tecnológico e de outras indústrias relevantes.

 

A travar maiores quedas na sessão de hoje estiveram as cotadas da energia, num dia em que o petróleo disparou para máximos de três anos e meio com a forte queda das reservas de crude nos EUA.

 

Os preços do "ouro negro" marcaram máximos de finais de 2014, sustentados pela redução dos stocks norte-americanos de crude na semana passada – que diminuíram em 9,89 milhões de barris, naquela que foi a maior queda desde Setembro de 2016. A isto juntou-se a ameaça feita ontem pelo presidente Donald Trump de impor sanções aos países que até 4 de Novembro não deixem de comprar petróleo ao Irão, que é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

 

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