Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Sondagem: Inflação não se vai fixar nos 3,1% previstos pelo Governo

Segundo uma sondagem efectuada pelo Canal de Negócios, a maioria dos leitores considera que a taxa de inflação no final do ano não se vai fixar nos 3,1% previstos pelo Governo.

05 de Maio de 2001 às 15:38
  • ...
Segundo uma sondagem efectuada pelo Canal de Negócios, a maioria dos leitores considera que a taxa de inflação no final do ano não se vai fixar nos 3,1% previstos pelo Governo.

Nesta sondagem participaram 3.779 leitores, dos quais 61,8% não acredita que a inflação se situe nos 3,1% estimados pelo Governo para o final do ano, enquanto 38,2% mostraram-se optimistas quanto à previsão do executivo de António Guterres (na foto).

De acordo com o Boletim Económico de Março divulgado esta semana pelo Banco de Portugal, em Março, a taxa de inflação nacional estava nos 3,6%, acima dos 2,6% registados na Zona Euro, tendo a inflação homóloga em Portugal aumentado 5,1%.

No Boletim Económico de Junho, o Banco de Portugal apresentará projecções revistas para 2001 do valor anteriormente anunciado de 3,1%.

No passado dia 3 de Maio, na declaração de apresentação do Boletim Económico de Março, o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, disse que a taxa de inflação verificada no primeiro trimestre do ano «compromete a previsão que o Banco de Portugal tinha apresentado em Janeiro último».

«A inflação média anual será significativamente inferior à inflação homóloga do primeiro trimestre. Existem efeitos temporários que explicam esse valor tão elevado», referiu Vitor Constâncio.

Durante o ano passado, o Governo manteve os preços dos combustíveis congelados artificialmente, pelo que a subida do petróleo verificada em 2000 só este ano está a ter impacto na economia nacional, que também tem sofrido os efeitos dos aumentos dos produtos alimentares, impulsionados pela doença das vacas loucas e pelo surto de febre aftosa.

Nos meses de Fevereiro e Março, a inflação da Zona Euro cresceu a uma taxa anual de 2,6%, com Portugal a ser o país onde os preços mais cresceram, acima da meta de 2% avançada pelo Banco Central Europeu.

A Comissão Europeia afirmou, num relatório divulgado recentemente, que este indicador deverá apontar para os 2,2% no final do corrente ano.

Esta sondagem é meramente indicativa e não segue os pressupostos científicos de representatividade de amostra para um determinado universo.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio