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Sonae sobe 7% em dois dias

As acções da Sonae continuam em alta, a reflectir os resultados apresentados na semana passada. Em dois dias os títulos já sobem 7%, elevando o preço das acções para máximos de dois meses.

O Haitong avalia as acções da Sonae em 1,08 euros, o que implica um potencial de valorização de 25%. A recomendação é de comprar.

Olhando para os múltiplos (PER de 10,8 e EV/EBITDA de 4,8) as acções da Sonae estão “baratas”, refere o Haitong. 

O banco de investimento assinala que a nova oferta comercial da Sonae MC (retalho alimentar através do Continente), implementada ao longo dos dois últimos anos nos seus 41 hipermercados, “parece estar a resultar”. A variação das vendas comparáveis passou de um valor negativo de 0,4% no segundo trimestre para um crescimento de 4,1% nos três meses seguintes e o Haitong espera que esta tendência positiva se mantenha. No que diz respeito às margens, o banco espera que a evolução negativa diminua já no quarto trimestre e não aguarda uma nova deterioração no ambiente concorrencial.

O Haitong considera que o foco dos investidores deve mudar para o retalho não alimentar (Sonae SR), onde a empresa conseguiu surpreender no terceiro trimestre em termos de crescimento nas vendas e margens. “Acreditamos que a Sonae deveria considerar seriamente alternativas de fusões e aquisições na SR, de modo a reduzir os prejuízos num ano que poderá ser de ‘pegar ou largar’ para estas operações”, refere o research.
Paulo Duarte
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Os títulos da retalhista Sonae subiram 3,43% para 0,723 euros, tendo chegado a tocar nos 0,733 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde 29 de Junho. Esta é a segunda sessão consecutiva de ganhos acentuados para a Sonae, apreciando 7% nestas duas sessões.

 

A subida das acções foi acompanhada por uma liquidez elevada, tendo trocado de mãos 7,09 milhões de títulos esta segunda-feira, 22 de Agosto, quando a média diária dos últimos seis meses é de 4,17 milhões.


O desempenho da Sonae surge depois de a empresa ter apresentado resultados na semana passada. Apesar da queda de 21% nos lucros do semestre, o resultado líquido de 77 milhões de euros ficou acima do esperado pela média das estimativas dos analistas, que apontava para 61,85 milhões de euros. 

Os lucros ficaram acima do esperado pelos analistas da Haitong (63,4 milhões de euros), do Barclays (55 milhões de euros), da Fidentiis (40 milhões de euros), e abaixo do estimado pelo Caixa BI (89 milhões de euros).

Na sexta-feira passada, os analistas esperavam uma reacção positiva aos títulos - que veio a acontecer nessa última sessão da semana. 

Filipe Rosa, analista do Haitong, referia que a queda acentuada do valor das acções desde o início do ano (de 33% contra a desvalorização de 11% do PSI-20) levava os papéis a "a negociar a um desconto de 56%" da avaliação da Haitong. "As acções estão baratas", referia a casa de investimento.

O CaixaBI não via razão para rever a sua avaliação para a empresa, ainda que os resultados tenham sido "ligeiramente mais fracos" do que esperava o banco de investimento."O título continua a transaccionar a um profundo desconto, na nossa opinião", explicava o analista José Mota Freitas, na nota de análise da última sexta-feira.

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