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Ações da Sonae valorizam após resultados "fortes" no retalho alimentar
As ações da empresa liderada por Cláudia Azevedo abriram em forte queda mas recuperam e já estão em terreno positivo.
A Sonae já inverteu a tendência e negocia em alta, reagindo aos resultados do primeiro trimestre, marcados por prejuízos de 59 milhões de euros, com os analistas do CaixaBank BPI a destacarem que a empresa registou um "forte desempenho" na sua principal atividade.
As ações sobem 1,2% para 0,6735 euros a meio da sessão, recuperando de uma queda máxima de 3,83% para 0,64 euros. Desde o início do ano os títulos caem menos de 30%.
"O primeiro trimestre mostrou um forte desempenho no principal negócio da empresa (retalho alimentar), o que superou as nossas estimativas e o consensus do mercado", dizem os analistas do CaixaBank BPI, acrescentando que a evolução das vendas comparáveis em abril "tranquilizadora".
O banco assinala contudo as que provisões efetuadas na Sierra, na Worten e no negócio de moda justificam as perdas acima do previsto no primeiro trimestre.
Os analistas do CaixaBak BPI apontavam para prejuízos de 7 milhões de euros e a média das estimativas dos analistas apontava para resultados líquidos de 16 milhões de euros.
Num comunicado publicado ontem à noite, a Sonae justifica os prejuízos com a adoção de uma "postura prudente" face à pandemia da covid-19, adiantando que estes devem-se em exclusivo ao "registo prudente de contingências contabilísticas (non-cash), no total de 76 milhões de euros, diretamente relacionadas com a pandemia Covid-19 e, em particular, com o encerramento forçado da atividade em vários negócios".
O grupo optou por constituir provisões, no valor de 44 milhões de euros, relacionadas com stocks da Worten e da Sonae Fashion. O resultado indireto foi ainda impactado por provisões de 18 milhões de euros "relacionadas com projetos de desenvolvimento da Sonae Sierra". Se não tivessem sido constituídas estas provisões, o resultado líquido teria sido semelhante ao registado no período homólogo do ano passado.
O volume de negócios do grupo subiu 7,1% no trimestre, para 1.552 milhões de euros. O EBITDA subjacente recuou 2,4%, para 100 milhões de euros.
Os analistas do CaixaBank BPI apontavam para um volume de negócios de 1542 milhões de euros e um EBITDA de 105 milhões de euros.
O CaixaBAnk destaca pela positiva o aumento de 10,6% nas vendas comparáveis da Sonae MC, que ficou "claramente acima da concorrência".
O EBITDA ficou abaixo do esperado devido ao desempenho da Sonae Fashion e Sonae Sierra.
(notícia atualizada às 13:30 com inversão de tendência nas ações para terreno positivo)