As ações da Sonae, dona do Continente e da Worten, valorizaram 4,38% para os 0,6195 euros por ação, o que representa um máximo desde meados de setembro deste ano, após os resultados acima do previsto pelos analistas.

Até ao momento foram negociadas cerca de 1,3 milhões de ações, o que compara com a média móvel dos últimos seis meses de 2,6 milhões de títulos negociados.

"Resultados bastante sólidos da Sonae num contexto ainda difícil, em particular da Sonae MC, Worten e da Sonae Fashion", pode ler-se na nota de análise divulgada hoje pelo CaixaBI, que acrescenta que "o único negócio que permanece significativamente afetado pela pandemia é a Sonae Sierra", que gere 44 centros comerciais espalhados por várias partes do mundo.

Já os analistas da JB Capital reforçaram a sua recomendação de "comprar", depois de considerarem que a empresa reportou números acima das expectativas. "O preço das ações recuperou 21% desde 29 de outubro. Mas, o atual preço das ações continua a implicar uma ‘dividend yield’ atrativa de 7,8%, de acordo com as nossas estimativas", dizem, numa nota desta quinta-feira.

Para além da JB Capital, também o Barclays optou por manter a recomendação atribuída à Sonae inalterada em "overweight" e o preço-alvo nos 90 cêntimos por ação.

Ontem, a empresa anunciou que registou prejuízos de 24 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020.

Mas no que toca apenas ao terceiro trimestre, o grupo registou uma subida ligeira dos lucros, de 1,6%, para 51 milhões de euros. O volume de negócios cresceu 5,9% para 1.773 milhões de euros, tendo sido "suportado pelo forte contributo da Sonae MC e da Worten".