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Seis sessões de ganhos põem EDP quase 8% acima do valor da OPA

As ações da elétrica estão a negociar acima dos 3,50 euros, na sexta sessão consecutiva de ganhos. É o valor mais alto desde agosto do ano passado.

28 de Março de 2019 às 12:08
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Os títulos da EDP estão a cotar quase 8% acima do valor oferecido pelos chineses da China Three Gorges, na Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada em maio do ano passado, de 3,26 euros por ação.

A margem é alcançada nesta que é já a sexta sessão consecutiva de ganhos para a elétrica liderada por António Mexia. Nesta altura, os títulos estão a subir 0,57% para 3,51 euros, a cotação mais elevada desde agosto e que fica 7,66% acima da contrapartida da CTG.

Esta série de subidas – que já somou mais de 5% ao valor das ações – foi iniciada na passada quinta-feira, 21 de março, depois de o Goldman Sachs ter melhorado a recomendação para os títulos de "neutral" para "comprar" e ter revisto em alta o preço-alvo de 3,40 para 3,80 euros, implicando um potencial de valorização de 14% face ao valor de fecho da sessão anterior.

Já esta segunda-feira foi o CaixaBank BPI que elevou o "target" para a EDP em 7% para os mesmos 3,80 euros, com a recomendação de "comprar", baseado na convicção de que o plano estratégico apresentado recentemente deverá trazer criação de valor à empresa. 

A EDP tem vindo a recuperar terreno em bolsa desde dezembro do ano passado, com os títulos a valorizarem mais de 20% desde o mínimo de nove meses alcançado a 21 de dezembro, de 2,905 euros. Desde o início de 2019, a valorização é superior a 15%, o que compara com os ganhos de 10% do PSI-20.

 

A subida das ações esta quinta-feira acontece também numa altura em que se perspetiva uma maior clareza sobre o futuro da OPA lançada pela CTG. Isto porque o fundo Elliott, que controla mais de 2% da elétrica, solicitou a inclusão de um novo ponto na ordem de trabalhos da assembleia geral (AG) da EDP de 24 de abril que pode ser determinante.

Este fundo, liderado por Paul Singer, quer que os acionistas deliberem sobre a desblindagem dos estatutos da elétrica nacional, que é uma das condições imposta pelos chineses da China Three Gorges para a OPA avançar.

 

Desta forma, a AG serviria também para medir o apoio à própria operação, que mereceu, desde sempre, forte críticas do "fundo abutre".

 

Se a proposta de aumento do teto do direitos de voto dos atuais 25% não obtiver "uma maioria qualificada de dois terços dos acionistas presentes na Assembleia Geral Anual de 24 de abril de 2019, o limite de voto permanecerá em vigor" o que permite "o fim imediato da oferta na sua forma atual", diz o comunicado da Elliott.

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