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Banca e dividendos pressionam a bolsa nacional

A bolsa nacional voltou a inverter a tendência e está novamente a negociar em terreno negativo empurrada pelas perdas registadas na banca e pelo desconto dos dividendos da Galp, CTT e Altri.

19 de Maio de 2014 às 11:37
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O PSI-20 está a cair 0,79% para 6.843,36 pontos, com sete cotadas a negociar em alta e 13 em queda. Entre os principais índices do Velho Continente a tendência é de queda num dia marcado por outra rejeição da AstraZeneca à proposta de compra apresentada pela Pfizer.

 

Esta segunda-feira assinala também a primeira sessão na Europa após a agência Moody’s ter revisto em alta o rating da dívida de longo prazo da Irlanda de Baa3 para Baa1, o que corresponde a uma subida de dois níveis. O "outlook" é estável.

 

A bolsa nacional segue a ser penalizada pela banca com o BCP a cair 4,19% para 0,1715 euros por acção e o BPI a descer 3,56% para 1,57 euros.

 

O BES está a perder 3,70% para 0,963 euros por acção num momento em que a realização do aumento de capital de 1.045 milhões de euros se aproxima. Tendo em conta que as acções vão ser vendidas a 65 cêntimos cada, um preço inferior ao da actual cotação, eleva a pressão sobre os títulos negociados em bolsa que tendem a ajustar a esse valor. Além disso, o Espírito Santo e o francês Crédit Agricole vão vender acções ou direitos nesta operação o que irá continuar a colocar pressão vendedora nos títulos, segundo crêem os analistas. Já o Espírito Santo Financial Group está a ganhar 0,40% para 2,54 euros por acção.

 

Ainda no sector da banca, o Banif segue a perder 0,98% para 0,0101 euros por acção. O Banif iniciou na passada sexta-feira um aumento de capital de 138,5 milhões de euros. Os títulos do banco liderado por Jorge Tomé deverão negociar em torno de 1 cêntimo dado que a operação será concretizada com a venda de acções a esse preço.

 

Também a penalizar a bolsa nacional está o desconto de dividendos por parte de várias cotadas nacionais. A Galp, os CTT, a Altri, a Cofina e a F. Ramada estão a descontar do valor das acções o dividendo que vão distribuir pelos seus accionistas a partir do próximo dia 22 de Maio.

 

A Galp está a cair 0,74% para 12,755 euros por acção, numa sessão em que as acções estão a descontar um dividendo de 14,4 cêntimos. Sem este ajuste técnico os títulos da cotada energética estariam a subir 0,39%.

 

Também os CTT seguem a perder 3,50% para 7,00 euros por acção, num dia em que estão a descontar um dividendo de 40 cêntimos. Sem este ajuste as acções estariam a subir 2,1%.

 

A Altri segue a descer 0,36% para 2,225 euros por acção. Se não estivesse a ser descontado um dividendo de 4,2 cêntimos as acções estariam a valorizar 1,6%. 

 

Nota: No dia em que uma cotada passa a negociar em bolsa sem direito ao dividendo, as acções sofrem um ajuste correspondente ao valor da remuneração. Esta descida de valor afecta o comportamento do índice em que a cotada está integrada, pelo que o Negócios noticia a variação real das acções e não a verificada após o ajuste do dividendo.

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