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Sector energético leva bolsa a acompanhar perdas europeias

A bolsa nacional inverteu a tendência positiva com que negociava no início da sessão, penalizada essencialmente pela Galp Energia e Energias de Portugal. O PSI-20 transacciona, agora, em linha com os congéneres europeus.

08 de Outubro de 2013 às 10:38
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O principal índice da bolsa nacional desliza 0,27% para os 5.981,01 pontos, com 9 cotadas em queda, oito a subir e três inalteradas. Na Europa o sentimento continua a ser negativo. A motivar este desempenho negativo dos principais índices do Velho Continente está o facto de, nos Estados Unidos, a paralisação parcial (shutdown) continuar, entrando assim já na segunda semana.

 

John Boehne, “speaker” da Câmara dos Representantes, já afirmou que não dará o seu aval ao fim da paralisação ou a um aumento da dívida sem que o Partido Democrata concorde em voltar à mesa das negociações para encontrarem medidas que permitam cortar no défice do país, de acordo com o Wall Street Journal.

 

Por cá, a Galp Energia é o título que mais pressiona com uma desvalorização de 0,48% para os 12,34 euros. No restante sector, a Energias de Portugal deprecia 0,51% para os 2,532 euros e a EDP Renováveis desliza 0,26% para os 3,79 euros.

 

Esta segunda-feira, analistas de diversas casas de investimento analisaram o impacto das medidas anunciadas pelo Governo para o sector energético. Apesar da escassez de informação ainda disponível sobre o assunto, concluem que os resultados e a avaliação da EDP são penalizados, embora as estimativas sejam ainda divergentes.

 

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, revelou que o Governo vai reduzir em 1.400 milhões de euros os custos com a energia, sendo que em 2014 a receita adicional com este sector será de 100 milhões de euros.

 

Numa análise citada pela Bloomberg, a Kepler Cheuvreux calcula que a EDP absorva um impacto anual de 150 milhões de euros com estas medidas, pelo que cortou o preço-alvo da eléctrica portuguesa de 2,80 euros por acção para 2,27 euros.Os analistas portugueses também quantificam o impacto das medidas na EDP, embora mantenham para já o preço-alvo inalterado, pois não são ainda conhecidos todos os detalhes sobre o pacote que o Governo pretende implementar.

 

A contribuir para a tendência está também o sector da banca à excepção do Banco BPI, que soma 0,50% para os 1,005 euros. Já BCP e BES caem 2% para os 0,098 euros e 0,65% para os 0,912 euros, respectivamente.

 

A travar maiores quedas estão PT e Jerónimo Martins, com subidas de 0,79% para os 3,466 euros e 0,36% para os 14,09 euros, respectivamente.

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