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Gestor do Novo Banco: MP e PJ fazem buscas. Suspeitas de fraude fiscal e branqueamento
O Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a realizar uma dúzia de buscas no âmbito de uma investigação a eventuais crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação por parte de um administrador do Novo Banco.
As buscas são conhecidas após o Novo Banco ter comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter destituído "com justa causa" Carlos Brandão, que tinha a pasta do risco. Em causa estão "operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal", tendo o banco apresentado uma denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR).
A decisão foi tomada no seguimento da identificação, através de processos internos do Novo Banco, "de operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal, as quais deram origem a uma denúncia às autoridades".
Quem é Carlos Brandão, o gestor demitido?
Carlos Brandão é licenciado em Economia, tem um mestrado em Gestão Comercial e Marketing. Entrou no Novo Banco como diretor coordenador do Departamento de Risco em julho de 2017 e em agosto de 2022 foi nomeado membro executivo do conselho de administração.
Antes disso, o até aqui administrador com o pelouro de risco foi diretor nessa mesma área no Banco Santander Totta e Barclays Bank, tendo ainda passado pelo Barclays Bank em Portugal, primeiro como Chief Risk Officer e, em 2016, como Country Manager da instituição.