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Gestor do Novo Banco: MP e PJ fazem buscas. Suspeitas de fraude fiscal e branqueamento

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a realizar uma dúzia de buscas no âmbito de uma investigação a eventuais crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação por parte de um administrador do Novo Banco.

A estratégia de crescimento do Novo Banco passa por estudar aquisições e a GamaLife insere-se nesse enquadramento.
Bruno Colaço
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O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a conduzir 12 buscas no âmbito de uma investigação a suspeitas de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação por parte de um administrador do Novo Banco, indica um comunicado do Ministério Público (MP).

Em causa está o até aqui chief risk officer do Novo Banco, Carlos Brandão, que foi demitido esta terça-feira pela instituição financeira após terem sido detetadas "operações suspeitas".

Neste momento decorrem 12 buscas no total, das quais quatro buscas domiciliárias, uma em estabelecimento bancário e outras sete não domiciliárias, indica o MP, referindo terem sido constituídos dois arguidos.

Segundo informação recolhida pelo Negócios, parte das buscas foram realizadas a habitações e imóveis propriedade de Carlos Brandão, incluindo a sua residência.

Além disso, fontes conhecedoras adiantaram ao Negócios que também foram realizadas diligências de busca no gabinete de Carlos Brandão na sede do Novo Banco.

Participam nas referidas buscas um magistrado do Ministério Público, um magistrado judicial e vários elementos da UNCC da Polícia Judiciária.

As buscas são conhecidas após o Novo Banco ter comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter destituído "com justa causa" Carlos Brandão, que tinha a pasta do risco. Em causa estão "operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal", tendo o banco apresentado uma denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR).

A decisão foi tomada no seguimento da identificação, através de processos internos do Novo Banco, "de operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal, as quais deram origem a uma denúncia às  autoridades".

Quem é Carlos Brandão, o gestor demitido?

Carlos Brandão é licenciado em Economia, tem um mestrado em Gestão Comercial e Marketing. Entrou no Novo Banco como diretor coordenador do Departamento de Risco em julho de 2017 e em agosto de 2022 foi nomeado membro executivo do conselho de administração.

Antes disso, o até aqui administrador com o pelouro de risco foi diretor nessa mesma área no Banco Santander Totta e Barclays Bank, tendo ainda passado pelo Barclays Bank em Portugal, primeiro como Chief Risk Officer e, em 2016, como Country Manager da instituição.

* Notícia atualizada
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