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Sabadell vende acções do BCP 10% abaixo da actual cotação

O Sabadell já concluiu a alienação das acções do BCP, tendo vendido a 1,15 euros por título, menos 10,8% que a actual cotação. Esta operação implicou uma menos-valia de 8,3 milhões de euros brutos nas contas do banco.

Miguel Baltazar/Negócios
13 de Dezembro de 2016 às 07:54
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O Sabadell decidiu alienar a participação que detinha no BCP, depois de a Fosun ter entrado no capital do banco português.

 

Esta terça-feira, o banco espanhol revelou ter já concluído a operação de venda, que implicou uma menos-valia de 8,3 milhões de euros brutos para o Sabadell, revelou o banco em comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

O Sabadell vendeu as acções representativas de 4,08% do capital do BCP por 1,15 euros por título, o que implicou um encaixe total de 44,36 milhões de euros "pelo total da participação vendida, sem que tenha um impacto relevante (menos-valias de aproximadamente 8,3 milhões de euros brutos) na conta de resultados e balanço do banco", revela a mesma fonte.

 

O valor por unidade, os 1,15 euros, corresponde a menos 10,87% do que a cotação de fecho das acções do BCP na sessão de segunda-feira, 12 de Dezembro, dia em que perderam 1,41%.
 

A venda da participação foi realizada "através de um processo de ‘accelerated bookbuilding’ dirigido exclusivamente a investidores qualificados e institucionais, levado a cabo pelo Citigroup Global Markets Limited actuando como Sole Bookrunner da oferta", adianta o comunicado.

 

A conclusão da operação, através da liquidação da oferta, vai ocorrer a 15 de Dezembro.

 

O Sabadell era o segundo maior accionista do banco liderado por Nuno Amado (na foto) atrás da Sonangol. Com a entrada do grupo chinês, desceu para a terceira posição. O Sabadell era accionista do BCP desde 2000, ano em que os dois bancos firmaram uma parceira que implicou participações cruzadas entre ambos. 

 

A saída do Sabdell surge depois da entrada da Fosun, que já detém mais de 16% do capital do banco liderado por Nuno Amado, e já tem autorização para atingir os 30%. E surge também antes da assembleia-geral, que foi adiada para 19 de Dezembro, e tem como objectivo elevar os direitos de voto, uma exigência da Fosun para concretizar os 30% de posição no capital do banco.

 

Em Agosto, depois de os donos da Fidelidade e da Luz Saúde terem anunciado a vontade de investir no BCP, o Sabadell afirmara ao Negócios que o banco português era um "sócio estratégico". "Tudo o que seja bom para o BCP é bom para nós", disse na altura a instituição. 


(Notícia actualizada às 08:00)

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