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BCP afunda mais de 11% após venda do Sabadell

As acções do BCP estão ajustar-se ao preço recebido pelo Sabadell na operação de venda da participação de 4,1% que detinha no banco português. A operação representou menos-valias de aproximadamente 8,3 milhões de euros brutos para banco o espanhol.

Miguel Baltazar/Negócios
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As acções do BCP estão a afundar 11,27% para 1,1448 euros no início da sessão desta terça-feira, 13 de Dezembro, reflectindo o resultado da alienação da participação que o Sabadell detinha no banco. As acções já chegaram a perder 12,03%.

 

Antes da abertura do mercado, a instituição espanhola revelou já ter concluído a operação de venda, que implicou uma menos-valia de 8,3 milhões de euros brutos.

 

O Sabadell vendeu as acções representativas de 4,08% do capital do BCP por 1,15 euros por título, o que implicou um encaixe total de 44,36 milhões de euros "pelo total da participação vendida, sem que tenha um impacto relevante (menos-valias de aproximadamente 8,3 milhões de euros brutos) na conta de resultados e balanço do banco", revela o comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A cotação dos títulos do BCP está, assim, a ajustar-se ao valor que o banco espanhol recebeu por cada acção – 1,15 euros – que corresponde a menos 10,87% do que a cotação de fecho na sessão de segunda-feira, 12 de Dezembro.

A venda da participação foi realizada "através de um processo de ‘accelerated bookbuilding’ dirigido exclusivamente a investidores qualificados e institucionais, levado a cabo pelo Citigroup Global Markets Limited actuando como Sole Bookrunner da oferta", adianta o comunicado.

 

A conclusão da operação, através da liquidação da oferta, vai ocorrer a 15 de Dezembro.

Com a descida desta terça-feira, os títulos do banco liderado por Nuno Amado anulam grande parte dos ganhos registados na semana passada, em que estiveram a beneficiar do alívio dos receios em torno da banca italiana.

 

A saída do Sabadell do capital do BCP – que acontece depois de a Fosun ter adquirido 16,7% do capital da instituição financeira - foi avançada na tarde de ontem, pela Bloomberg, e apanhou tanto o BCP como a Fosun de surpresa, como revela o Negócio na edição desta terça-feira. 

 

Antes da entrada da Fosun, o Sabadell era o segundo maior accionista do BCP, depois da Sonangol. Com a entrada do grupo chinês, desceu para a terceira posição, com uma participação de 4,1%.

Em Agosto, depois de os donos da Fidelidade e da Luz Saúde terem anunciado a vontade de investir no BCP, o Sabadell afirmara ao Negócios que o banco português era um "sócio estratégico". "Tudo o que seja bom para o BCP é bom para nós", disse na altura a instituição.

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