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Reagrupamento põe acções da Sonae Indústria a valer 2,225 euros
A sessão desta sexta-feira foi a última em que os papéis da empresa negociaram enquanto "penny stock", na sequência do reagrupamento decidido pela companhia industrial.
A Sonae Indústria vai arrancar a negociação da próxima segunda-feira em bolsa com um preço de 2,225 euros, que contrasta com os 0,0089 euros (0,89 cêntimos) a que encerrou a sessão esta sexta-feira, 28 de Julho.
O novo preço é resultado do reagrupamento de 250 acções numa só, decidida pela empresa. Esta sexta-feira foi, assim, a última sessão em que o título foi considerado "penny stock", ou seja a um preço relativamente baixo. Reduz-se o número de acções, mas cada uma valerá mais.
Por cada 1.000 títulos que negociavam até agora, a partir de segunda-feira passam a ser transaccionadas só quatro acções.
"Com esta operação a acção da Sonae Indústria deixará de ser uma ‘penny stock’ (este facto é entendido pela empresa como favorável para o título)", indicou a companhia de aglomerados de madeira ao Negócios a 14 de Julho, depois de ter apresentado os pormenores sobre a operação. Desde o aumento de capital do final de 2014 que a companhia industrial negoceia na casa de 1 cêntimo.
A empresa que tem Belmiro de Azevedo, através da Efanor, com 69% do capital vai dar uma contrapartida pelas acções que não sejam fusionadas: isto porque a fusão só acontece a blocos de 250 acções e seus múltiplos. Se um investidor tiver, por exemplo, 251 acções, fica com 1 nova acção, resultante da junção de 250 títulos antigos, e a Sonae Indústria tem de pagar uma contrapartida de 0,79 cêntimos pela sobrante.
A empresa desconhece que montante terá de desembolsar para pagar pelas acções sobrantes que eventualmente possam ficar nas mãos dos investidores, até porque não tem informação directa sobre o número de accionistas. Nos últimos tempos, refere, contavam-se entre 15 e 20 mil accionistas.
Esta sexta-feira era a última sessão que os accionistas tinham para reagrupar os seus títulos para ficar com múltiplos de 250, caso não queiram ficar com acções sobrantes nas carteiras. De resto, este tipo de operação não exige qualquer movimento por parte do investidor.
"O processo de reagrupamento das acções Sonae Indústria será efectuado de forma automática pelos respectivos intermediários financeiros, não sendo necessário que os senhores accionistas tomem qualquer iniciativa", garantiu já a empresa.
A operação segue-se a uma redução de mais de dois terços do capital, que serviu para cobrir prejuízos passados da empresa.