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Sonae Indústria sobe mais de 5% depois de reagrupamento de acções

A empresa especializada em painéis derivados de madeira está a reagir em alta à fusão de blocos de 250 títulos num só, determinada no âmbito do "reverse stock split" do capital da empresa.

Paulo Duarte
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No dia em que estreou um novo preço, fruto do reagrupamento de acções decidido pela empresa, as acções da Sonae Indústria já estiveram a ganhar mais de 5% na bolsa de Lisboa. Os papéis da empresa liderada por Paulo Azevedo somam 5,46% para 2,34 euros, o valor mais elevado até ao momento na sessão desta segunda-feira, 31 de Julho.

O preço por título contrasta com 0,0089 euros (0,89 cêntimos) em que encerrou a valer por cada papel na sessão de sexta-feira passada, 28 de Julho. 

O novo preço resulta do reagrupamento de 250 acções numa só, que foi decidido pela empresa, levando a que o título deixasse de ser considerado "penny stock", ou seja transaccionado a um preço relativamente baixo. Reduz-se o número de acções, mas cada uma vale mais. 

Por cada 1.000 títulos que negociavam até sexta-feira, desde esta segunda-feira passam a ser transaccionadas só quatro acções. Assim, tendo em conta o reagrupamento, cada acção correspondia a 2,2188 euros no fecho da sessão dessa sexta-feira.

"Com esta operação a acção da Sonae Indústria deixará de ser uma ‘penny stock’ (este facto é entendido pela empresa como favorável para o título)", indicou a companhia de aglomerados de madeira ao Negócios a 14 de Julho, depois de ter apresentado os pormenores sobre a operação. Desde o aumento de capital do final de 2014 que a companhia industrial negoceia na casa de 1 cêntimo.

As acções que não sejam fusionadas – as que fiquem fora de blocos de 250 acções e dos seus múltiplos – foram alvo do pagamento de uma contrapartida de 0,79 cêntimos por cada acção sobrante, despesa suportada pela companhia nos 30 dias seguintes ao reagrupamento.

A empresa garantiu que o reagrupamento das acções seria efectuado de forma automática pelos respectivos intermediários financeiros sem necessidade de intervenção dos accionistas. A operação segue-se a uma redução de mais de dois terços do capital, que serviu para cobrir prejuízos passados da empresa.

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