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Queda do Facebook arrasta tecnológicas e deprime Nasdaq
As bolsas norte-americanas encerraram em terreno negativo, pressionadas pelos receios de uma guerra comercial entre os EUA e os seus principais parceiros comerciais, isto a quatro dias da entrada em vigor das medidas proteccionistas de Trump. O Nasdaq foi o que mais caiu, penalizado pelo mau momento das tecnológicas, na esteira dos reveses do Facebook.
O Dow Jones fechou a sessão desta segunda-feira a ceder 1,35% para 24.610,91 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 1,57% para 2.708,70 pontos.
Mas foi o tecnológico Nasdaq Composite que mais terreno perdeu, ao encerrar a cair 1,84 para 7.344,24 pontos.
A contribuir para este cepticismo nas bolsas estão os receios em torno das medidas proteccionistas da Administração Trump, que se prevê que entrem em vigor na próxima sexta-feira e que poderão resultar numa guerra comercial com os EUA.
O "entra e sai" na Administração de Donald Trump também tem suscitado algumas preocupações. Na semana passada, o presidente norte-americano, que tem procedido a constantes remodelações governamentais, demitiu o seu secretário de Estado, Rex Tillerson, responsável pelas relações externas dos EUA, e nomeou para o seu lugar o director da CIA, Mike Pompeu.
Além desta questão das tarifas sobre o aço e alumínio exportado para os Estados Unidos e da instabilidade política, os investidores estão em clima de prudência, à espera da decisão de política monetária da Fed – sendo os investidores inquiridos pela Bloomberg apontam para uma probabilidade de 90% de subida dos juros na reunião de dois dias que tem início amanhã.
Por sectores, as tecnologias foram as mais penalizadas na sessão de hoje, muito à conta do Facebook, que afundou 6,77% para 172,56 dólares.
As cotações da empresa co-fundada por Mark Zuckerberg estiveram a ter este desempenho negativo, levando a um movimento de vendas em todo o sector, depois de informações de que a informação sobre os utilizadores da rede social foi usada de forma indevida.