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PT SGPS já cai mais de 20% em Bolsa

As acções da Portugal Telecom estão a reagir em forte queda às buscas policiais que a empresa foi alvo e que podem colocar em risco a realização da assembleia-geral de 12 de Janeiro. Ontem as acções da brasileira Oi também afundaram mais de 16% para mínimos históricos.

Pedro Elias/Negócios
07 de Janeiro de 2015 às 11:55
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As acções da Portugal Telecom estão a acentuar as quedas. Os títulos arrancaram a sessão desta quarta-feira com uma queda violenta de mais de 10%, que atirou o valor dos títulos para um novo mínimo histórico, estando agora a acelerar as quedas.

 

A meio da sessão as acções caem 19,61% para 65,2 cêntimos. Já chegaram a afundar 20,84% para 64,2 cêntimos, o que corresponde um novo mínimo histórico.

 

Esta prestação negativa surge depois de ontem a Polícia Judiciária ter efectuado buscas na sede da PT SGPS para recolher informação sobre a relação da empresa com a Rioforte e devido a queixas formuladas pela CMVM, que quer garantir que o relatório de auditoria da PricewaterhouseCoopers (PwC), concluído há um mês, lhe é entregue e que o mesmo é conhecido antes da Assembleia Geral da PT SGPS. De acordo com o Diário Económico, esta reunião marcada para 12 de Janeiro e que irá votar a venda da PT Portugal à Altice poderá mesmo ser adiada devido a este caso.

 

"As buscas realizadas na empresa e o risco de adiamento da assembleia geral para aprovar a venda da PT Portugal à Altice estão gerando algum clima de desconfiança e exercendo pressão vendedora sobre a PT SGPS", disse à Reuters Sérgio Vieira, operador da Orey Financial em Lisboa.

 

A PT SGPS está também a acompanhar o movimento de quedas acentuadas da Oi. A cotada brasileira fechou a sessão de ontem a cair 16,7% para 6,46 reais, atingindo desta forma um novo mínimo histórico.

 

Face ao mínimo histórico que atingiram esta quarta-feira, as acções da PT SGPS estão a menos de metade da contrapartida oferecida na OPA da Terra Peregrin, que a empresária angolana decidiu retirar uma vez que a CMVM obrigou a companhia a oferecer um preço mínimo que corresponde à média em seis meses.

 

PT vale menos que o Banif

 

Desde o arranque de 2015 a PT SGPS já recua mais de 25% em bolsa, prolongando o ano de quedas acentuadas que registou o ano passado. Foi sobretudo o investimento de 900 milhões de euros na Rioforte que motivou a queda de 73% nas acções da PT SGPS no ano passado.

 

Mas a tendência negativa da cotada na bolsa dura há mais tempo. 2014 foi o quinto ano consecutivo de perdas para a PT na bolsa. Se na década passada a companhia chegou a ser avaliada em bolsa acima dos 10 mil milhões de euros, hoje vale apenas uma pequena parte desse valor.

 

Tendo em conta o mínimo da sessão, a capitalização bolsista da PT SGPS baixou hoje para 629 milhões de euros, ficando abaixo do Banif no "raking" das cotadas mais valiosas do PSI-20. O banco está avaliado em 715 milhões de euros (incluíndo o valor das acções detidas pelo Estado).

 

Visto de outra maneira, no índice português que actualmente é composto por 18 empresas só há 4 cotadas que valem menos que a PT: Impressa, Teixeira Duarte, Mota-Engil e Altri.    

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