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PSI-20 sobe mais de 1% e recupera de mínimos de Março de 2017

A bolsa nacional recuperou de mínimos de Março de 2017 num dia em que as bolsas europeias também subiram.

12 de Dezembro de 2018 às 16:41
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A sessão desta quinta-feira, 12 de Dezembro, foi de recuperação nas bolsas europeias, incluindo a praça lisboeta. O índice nacional foi impulsionado pelas subidas do BCP, do sector do papel e do retalho. O PSI-20 valorizou 1,35% para os 4.842,58 pontos, recuperando de mínimos de Março de 2017 e acompanhando a tendência positiva das bolsas europeias. 

Na Europa, num momento em que se esperava o apaziguar da tensão entre Itália e a Comissão Europeia, há um novo tema em cima da mesa. Perante os protestos violentos das últimas semanas, Emmanuel Macron decidiu implementar uma série de medidas que custam 10 mil milhões de euros e, por isso, vão aumentar o défice para os 3,4%, quebrando a regra europeia dos 3%. 

Além disso, a incerteza à volta do Brexit continua a aumentar. Ao final da tarde, o Governo britânico vai ser sujeito a um voto de não confiança, mais um obstáculo quando faltam cerca de três meses para a saída oficial do Reino Unido da União Europeia. Contudo, prevê-se que Theresa May consiga o apoio de 158 deputados conservadores, escapando ilesa a esta revolta de parte do Parlamento. 

A nível internacional, há duas notícias que estão a animar os mercados. Por um lado, foi noticiado que Pequim deverá cortar as tarifas sobre as importações de automóveis norte-americanos, numa tentativa de se aproximar das exigências dos Estados Unidos. Por outro lado, a CFO da Huawei e filha do fundador da tecnológica chinesa, Meng Wanzhou, viu o seu pedido de fiança ser aceite após a sua detenção na semana passada.

Em Lisboa, o destaque pela positiva vai para o BCP, as cotadas do sector do papel e as do retalho. As acções do Banco Comercial Português subiram 2,25% para os 24,58 cêntimos. Entre as cotadas do sector do papel, nota para as subidas da Semapa e da Altri: registaram uma subida de 3,83% para os 13,54 euros e de 2,81% para os 5,85 euros, respectivamente. 

A Jerónimo Martins e a Sonae estão a recuperar depois de ontem as retalhistas terem afundado e levado o PSI-20 para mínimos de Março de 2017. As fortes descidas aconteceram depois de ter sido lançado um pré-aviso de greve dos funcionários dos supermercados para o dia 24 de Dezembro, véspera de Natal. A Jerónimo Martins valorizou 1,53% para os 10,295 euros e a Sonae subiu 2,44% para os 81,95 cêntimos.

No caso da Sonae, a negociação também foi influenciada pela aquisição de uma participação de 60% na Tomenider, detentora das Arenal Perfumerias, que foi comunicada ontem à CMVM. A operação deverá ser concluída em Janeiro. 

Entre as três cotadas que desceram, o destaque vai para o deslize da Galp Energia. E ainda para a F. Ramada, que cedeu 10,29% para os 7,85 euros, no dia em que desconta um dividendo de 1,15 euros. Caso não fosse efeito, as acções teriam subido 1,69%, segundo as contas do Negócios. 

Nota ainda para a Vista Alegre, cotada que está fora do PSI-20, cujas acções subiram 8,63% para os 1,51 euros no dia em que cancelou o aumento de capital. Ao Negócios, o CEO da Vista Alegre, Nuno Marques, explica que esta subida reflecte o "reconhecimento do valor da Vista Alegre e o reconhecimento do mercado que a decisão de suspender a oferta pública em função do momento muito conturbado nos mercados financeiros foi bem tomada". 

(Notícia actualizada às 16h53)
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