Notícia
Primeiras empresas angolanas devem chegar ao mercado de acções em 2018
O presidente da Comissão de Mercados de Capitais (CMC) de Angola, Mário Gavião, garantiu esta quinta-feira que estão criadas as condições, por parte da instituição, para que as primeiras empresas angolanas cheguem à bolsa de acções em 2018.
23 de Novembro de 2017 às 14:59
A posição foi assumida pelo administrador à margem do Fórum do Mercado de Capitais, realizado esta quinta-feira, 23 de Novembro, em Luanda, para dinamizar este tipo de mercado, ao mesmo tempo que Mário Gavião garante que as condições de infraestruturas tecnológica, normativa e legal já estão garantidas, para lançar o mercado de dívida corporativa e de acções.
"As condições estão criadas, o que falta na verdade é que as empresas adiram ao mercado. Tem havido interesse, há um conjunto de empresas que têm mostrado interesse em participar, nesta primeira fase. Depende dos accionistas das empresas, mas as indicações que nós temos é que muito provavelmente haverá em 2018 a abertura do mercado de acções", adiantou o presidente do CMC.
O lançamento de mercado de acções deverá ser impulsionado por uma das medidas que o Governo angolano incluiu no plano intercalar, a desenvolver a seis meses, até Março, que prevê a privatização em bolsa de empresas de referência que estão nas mãos do Estado.
"Obviamente que o Executivo terá a informação que existem empresas que estarão neste momento em condições para avançar", explicou Mário Gavião, sublinhando que o que está previsto inicialmente é a "promoção" dessas operações.
Afasta, dessa forma, que em seis meses seja possível concretizar essas privatizações através do mercado de capitais.
A vice-presidente da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM), que regula a bolsa portuguesa, participou num dos painéis deste fórum, que pretende contribuir para "estimular" a emissão de valores mobiliários por parte das empresas angolanas.
Filomena Oliveira destacou a necessidade de as empresas que vierem a ser admitidas em bolsa em Angola, ou privatizadas através do mercado de capitais, "apresentem e demonstrem" aos investidores a respectiva "solidez financeira".
"Há que evitar a tentação de dispensar aquilo que não é bom, porque o resultado não vai ser bom também. Nomeadamente pode comprometer o mercado no futuro. Há que começar com bons exemplos, uma má entrada pode comprometer tudo o que está no processo", alertou a responsável portuguesa, em declarações aos jornalistas.
Ainda para a vice-presidente da CMVM, é também necessário captar investidores estrangeiros para a futura bolsa angolana, processo que contará com o apoio daquela instituição portuguesa.
"Parece-me que o mercado angolano talvez não seja suficientemente grande, em matéria de investidores, para sustentar um processo de privatização de uma empresa grande. Ou seja, vai requerer o apoio de investidores estrangeiros", apontou.
A entrada de investidores estrangeiros no mercado de dívida corporativa e de acções é, de resto, um dado adquirido, do ponto de vista do presidente da CMC angolana.
"O mercado de capitais em Angola, se quiser ser competitivo, tem que se abrir aos investidores estrangeiros. Isso parece bastante óbvio, até porque a poupança interna muito provavelmente não dará resposta a todas as iniciativas de privatização", alertou Mário Gavião.
Nesse sentido, recordou que o Banco Nacional de Angola já publicou este ano avisos que "iniciam esse trajecto de abertura aos investidores estrangeiros", tendo em conta a importância da captação destes investimentos para o mercado de valores mobiliários angolano.
"No próximo ano teremos mais novidades sobre isso", concluiu.
"As condições estão criadas, o que falta na verdade é que as empresas adiram ao mercado. Tem havido interesse, há um conjunto de empresas que têm mostrado interesse em participar, nesta primeira fase. Depende dos accionistas das empresas, mas as indicações que nós temos é que muito provavelmente haverá em 2018 a abertura do mercado de acções", adiantou o presidente do CMC.
"Obviamente que o Executivo terá a informação que existem empresas que estarão neste momento em condições para avançar", explicou Mário Gavião, sublinhando que o que está previsto inicialmente é a "promoção" dessas operações.
Afasta, dessa forma, que em seis meses seja possível concretizar essas privatizações através do mercado de capitais.
A vice-presidente da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM), que regula a bolsa portuguesa, participou num dos painéis deste fórum, que pretende contribuir para "estimular" a emissão de valores mobiliários por parte das empresas angolanas.
Filomena Oliveira destacou a necessidade de as empresas que vierem a ser admitidas em bolsa em Angola, ou privatizadas através do mercado de capitais, "apresentem e demonstrem" aos investidores a respectiva "solidez financeira".
"Há que evitar a tentação de dispensar aquilo que não é bom, porque o resultado não vai ser bom também. Nomeadamente pode comprometer o mercado no futuro. Há que começar com bons exemplos, uma má entrada pode comprometer tudo o que está no processo", alertou a responsável portuguesa, em declarações aos jornalistas.
Ainda para a vice-presidente da CMVM, é também necessário captar investidores estrangeiros para a futura bolsa angolana, processo que contará com o apoio daquela instituição portuguesa.
"Parece-me que o mercado angolano talvez não seja suficientemente grande, em matéria de investidores, para sustentar um processo de privatização de uma empresa grande. Ou seja, vai requerer o apoio de investidores estrangeiros", apontou.
A entrada de investidores estrangeiros no mercado de dívida corporativa e de acções é, de resto, um dado adquirido, do ponto de vista do presidente da CMC angolana.
"O mercado de capitais em Angola, se quiser ser competitivo, tem que se abrir aos investidores estrangeiros. Isso parece bastante óbvio, até porque a poupança interna muito provavelmente não dará resposta a todas as iniciativas de privatização", alertou Mário Gavião.
Nesse sentido, recordou que o Banco Nacional de Angola já publicou este ano avisos que "iniciam esse trajecto de abertura aos investidores estrangeiros", tendo em conta a importância da captação destes investimentos para o mercado de valores mobiliários angolano.
"No próximo ano teremos mais novidades sobre isso", concluiu.