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Plano estratégico da EDP deverá sustentar melhorias de avaliação
As acções da EDP reagiram em alta ao plano estratégico da eléctrica até 2020, com a cotada a subir um máximo de 5,68%. Para os especialistas, a empresa pode ser alvo de melhorias de avaliação nos próximos dias.
A EDP apresentou esta quinta-feira, 5 de Maio, o seu plano estratégico para o período de 2016 a 2020. Para os especialistas, que destacam sobretudo a melhoria da remuneração accionista, a eléctrica poderá ser alvo de revisões em alta de avaliações nos próximos dias, dando impulso às acções da empresa.
Depois de ter reportado uma melhoria dos seus resultados no primeiro trimestre de 2016, a companhia apresentou as suas principais linhas estratégicas até 2020. No dia em que decorreu o seu Capital Markets Day na capital britânica, a EDP anunciou que deverá aumentar o seu dividendo de 18,5 para 19 cêntimos por acção já este ano, comprometendo-se ainda a melhorar a sua eficiência de custos e prosseguir com o seu plano de desalvancagem.
Estas notícias foram bem recebidas por investidores e analistas. As acções chegaram a escalar um máximo de 5,68% durante a sessão, tendo fechado a ganhar 1,64% para 3,222 euros, mas podem subir mais nos próximos dias, com os especialistas a realçarem que poderá haver mudanças nas avaliações dos analistas após este plano estratégico.
"Muito provavelmente, várias das principais casas financeiras devem nos próximos dias actualizar em alta os seus preços -alvo relativamente à EDP, bem como actualizações mais favoráveis das recomendações, reagindo às boas notícias que foram divulgadas pela empresa", antecipa Paulo Rosa.
"A rentabilidade do dividendo da EDP continua bastante apetecível e nuns surpreendentes 5,6%, mesmo depois de a cotação ter subido cerca de 20% nos últimos dois meses", explica o economista e corretor da GoBulling.
Para o especialista, "a EDP à cotação de hoje não perdeu a sua atractividade e pode ainda ter espaço de subida". "O sentimento positivo nos próximos dias poderá persistir, embora em menor escala e pendente da evolução do mercado", acrescenta a equipa de "research" do BiG.
Os analistas do BiG acreditam que a proposta de crescimento da remuneração accionista foi o "factor de surpresa" da apresentação, na medida em que "resulta numa alteração da política de ‘payout’ dos 55% a 65% do resultado líquido actuais para os 65% a 75%".
"O retorno de dividendo da EDP (acima do valor médio do sector europeu) cristaliza um significativo factor de atractividade da eléctrica", rematam os mesmos analistas.