A EDP anunciou um conjunto de resultados em linha com as estimativas, mas que agradou aos analistas. Para o Haitong, a eléctrica apresentou um "bom conjunto de resultados", sustentados pela crescimento das renováveis e pelas melhorias na geração liberalizada devido às condições hidroeléctricas mais favoráveis.

A EDP divulgou esta quarta-feira, 4 de Maio, que registou um resultado líquido de 263 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa um aumento de 11% face ao período homólogo. Os números foram bem recebidos pelos analistas, ainda que estes sublinhem que foi um conjunto de resultados sem grandes surpresas.

"Este foi um bom conjunto de resultados a nível operacional, mas amplamente em linha com as nossas estimativas no EBITDA, EBIT e resultados financeiros", escreve o analista do Haitong Jorge Guimarães.

Para o especialista, as notícias positivas, "como o crescimento nas renováveis ou melhores resultados na geração liberalizada devido a condições hidroeléctricas mais favoráveis foram confirmadas, enquanto o aumento nos resultados brasileiro quando denominado em euros é justificado por um efeito isolado de venda de activos".

Também o BPI realça o bom desempenho da unidade liberalizada, com os analistas a destacarem que os números apresentados nas outras unidades ficaram em "linha com as expectativas e os desvios foram relativamente pequenos em termos absolutos".

Face aos números apresentados e à política de remuneração accionista estável, o BPI considera que a EDP ainda apresenta uma proposta de valor, mas dada a elevada alavancagem da empresa e riscos regulatórios em Portugal, o banco de investimento manteve a recomendação de "neutral" e o "target" de 3,35 euros.

As acções seguem a disparar 3,72%, para 3,288 euros, já depois da companhia ter divulgado a sua apresentação do Capital Markets Day – a decorrer em Londres –, onde a empresa anuncia que pretende aumentar o dividendo de 18,5 para 19 cêntimos em 2016.