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Lucros da EDP sobem 11% para 263 milhões de euros

A eléctrica superou as previsões ao registar um lucro de 263 milhões de euros no primeiro trimestre de 2016. 

Miguel Baltazar
04 de Maio de 2016 às 16:44
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A Energias de Portugal divulgou esta quarta-feira, 4 de Maio, que registou um resultado líquido de 263 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Este resultado representa um crescimento de 11% face ao lucro registado no período homólogo e supera em 24 milhões de euros as previsões dos analistas do Caixa Banco de Investimento. A unidade de investimento do banco público antecipava um aumento de 1% para 239 milhões de euros.

Em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por António Mexia revela que o EBITDA subiu 14% para 1.130 milhões de euros em resultado da expansão do portefólio e das condições meteorológicas na Península Ibérica e no Brasil. No primeiro trimestre, a EDP obteve 61 milhões de euros com a "venda da central mini-hídrica de Pantanal no Brasil" (no período homólogo a empresa obteve 78 milhões de euros com a venda de activos de gás em Espanha". "Excluindo estes efeitos, o EBITDA subiu 17% para 1.069 milhões de euros, embora penalizado pelo efeito cambial", refere o comunicado da empresa.

O EBITDA no mercado ibérico aumentou 17% "reflexo da nova capacidade em operação, dos maiores recursos hídricos e da volatilidade de preços". A EDP Renováveis, que esta manhã, antes da abertura do mercado, apresentou os resultados referentes ao primeiro trimestre, registou um EBITDA de 379 milhões de euros, ou seja, um aumento de 29% face ao período homólogo. No caso da EDP Brasil, o EBITDA caiu 7% devido ao impacto cambial.      

Nos primeiros três meses do ano a capacidade instalada da empresa aumentou em 9% para 24,5 gigawatts devido ao crescimento da capacidade hídrica em Portugal e eólica sobretudo nos Estados Unidos e Brasil.    

Os custos operacionais do grupo registaram uma queda ligeira de 4% para 417 milhões de euros. O aumento de custos operacionais na EDP Renováveis, fruto da expansão da capacidade, foi anulado pela quedas registadas na Península Ibérica (suportada na redução do número de colaboradores) e no Brasil resultado da "desvalorização do real face ao euro e do apertado controlo de custos, por um lado, e pela consolidação integral de Pecém, por outro." 

A dívida líquida do grupo registou uma redução de 378 milhões para 17.002 milhões de euros "suportada essencialmente pelo recebimento dos montantes relativos à rotação de activos assinada com a Fiera Axium em Outubro de 2015 e pela estrutura de parceria institucional assinada em Novembro de 2015." No final de Março de 2016, a posição de liquidez financeira da EDP ascendia a 5,4 mil milhões de euros "cobrindo as necessidades de refinanciamento da EDP até após 2017".  

As acções da EDP encerraram o dia de hoje a subir 1,02% e a negociar nos 3,17 euros por acção. A empresa começa a pagar o dividendo de 2015 (18,5 cêntimos por acção) a partir de 18 de Maio (ou seja, as acções começam a negociar sem direito ao dividendo a 16 de Maio).

(Notícia corrigida às 19:08 com o valor correcto do resultado líquido da empresa)

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