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Pharol afunda mais de 10% após demissão de CEO da Oi

Os títulos da maior accionista da operadora brasileira já estiveram a cair mais de 10% na bolsa nacional, levando os títulos para o valor mais baixo desde 15 de Setembro. Na sexta-feira, Marco Schroeder abandonou o cargo de presidente executivo da Oi.

Miguel Baltazar
27 de Novembro de 2017 às 08:51
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Os papéis da Pharol são os que mais perdem esta segunda-feira, 27 de Novembro, no índice accionista português, depois de conhecida, na noite de sexta-feira passada, a demissão do presidente executivo da operadora brasileira Oi, de que a portuguesa é a principal accionista.

Os títulos da companhia liderada por Luís Palha da Silva já estiveram a perder 11,33% para 0,313 euros, na segunda sessão consecutiva de recuos - e que na sessão de sexta-feira passada chegaram a superar os 7%. 

Também na sexta-feira, ao início da noite, foi conhecida a decisão de demissão do mais alto cargo na operadora brasileira por parte de Marco Schroeder, numa altura em que a Oi está em negociações com os credores no âmbito do seu processo de recuperação.

Schroeder estava no cargo há quase ano e meio, desde Junho do ano passado, e era nas suas mãos que tinha estado o processo de negociação com os credores e com o Estado brasileiro.

Segundo disse uma fonte à Bloomberg, a demissão foi precipitada por Schroeder ter concluído que não conseguiria continuar a trabalhar com a administração e devido à sua frustração crescente em relação à lentidão da acção do governo brasileiro para ajudar a Oi a sair da situação delicada em que se encontra. Até ao momento, não há indicação de substituto para o cargo.

A saída acontece depois de, na semana passada, o conselho de administração da empresa ter aprovado as alterações ao plano de recuperação da operadora e das suas subsidiárias. 

No entanto, segundo duas fontes próximas envolvidas nas negociações com os credores, as mudanças no plano de recuperação da Oi aprovado pelo conselho reduziram drasticamente as hipóteses de resolução neste ano. Desde logo porque as mudanças não alteraram os principais pontos do plano, que ignoram os credores e favorecem os accionistas, disseram as mesmas fontes.

A próxima assembleia-geral de credores - já adiada por três vezes - está prevista para 7 de Dezembro, mas segundo a Bloombeg será provavelmente adiada para Fevereiro, para dar tempo ao governo para reestruturar o pagamento de 11 mil milhões de reais (3,4 mil milhões de dólares) devidos pela Oi à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

(notícia actualizada às 8:53 com novas cotações)
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