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Paulo Rodrigues da Silva lidera bolsa a partir de quarta-feira

Sucessor de Maria João Carioca à frente da Euronext Lisbon já recebeu as aprovações necessárias e inicia funções a 1 de Março.

Bloomberg
27 de Fevereiro de 2017 às 15:35
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O novo ciclo da bolsa portuguesa inicia-se já nesta quarta-feira, com a entrada em funções de Paulo Rodrigues da Silva, apurou o Negócios. O gestor acaba de receber a aprovação dos reguladores, após proposta do Grupo Euronext. Fica a faltar apenas a aprovação formal da Assembleia Geral de accionistas da Euronext Lisbon e da Interbolsa, o que sucederá a 1 de Março.

 

Em simultâneo, efectiva-se a anunciada saída de Maria João Carioca, que tem nesta terça-feira o seu último dia oficial de funções à frente da Euronext Lisbon.

 

Carioca fica assim livre para integrar a equipa de Paulo Macedo na Caixa Geral de Depósitos, enquanto administradora executiva. A sua entrada em funções foi atrasada porque, contratualmente, Carioca teve de esperar até que fosse encontrado o seu sucessor.

 


Uma carreira entre a tecnologia e a banca

 

"Muito trabalhador, discreto e brilhante." É desta forma que um antigo colega de Paulo Rodrigues da Silva se refere ao próximo presidente da bolsa de Lisboa. Aos 52 anos, o gestor regressa à ribalta, depois da "falsa partida" que foi a sua escolha para a administração de António Domingues na Caixa Geral de Depósitos, que acabou por cair.

Paulo Rodrigues da Silva começou a sua carreira na McKinsey, ficando na consultora do início de 1990 ao final do ano seguinte. Em 1995 entra para o BPI, onde ficou cinco anos, fazendo parte da administração e tendo o cargo de Chief Information Officer (CIO). 

 

Seguiu-se um longo período na Vodafone, em vários papéis, percurso iniciado em Setembro de 2000. Até 2004 foi Chief Tecnhology Officer (CTO), e em Abril desse ano começou a assumir responsabilidades internacionais no grupo, mantendo-se como administrador da unidade portuguesa. Entre 2007 e 2009 foi ainda Chief Commercial Officer (CCO) da Vodafone Turquia.

 

Sai da operadora em 2009 e dedica-se a vários projectos e à consultoria. Apostou então no aconselhamento de investidores institucionais com interesses em empresas de telecomunicações, na Grécia e noutros países.

 

Voltou a ser muito falado na segunda metade de 2016, como uma das apostas de António Domingues para a administração da Caixa Geral de Depósitos. Domingues, que havia partilhado a administração do BPI com Paulo Rodrigues da Silva, Fernando Ulrich, Artur Santos Silva ou Seruca Salgado, não se esqueceu do antigo colega e convidou-o para administrador.

Diz quem bem o conhece que, tendo em atenção a grande dependência das gestoras de bolsas actuais da tecnologia, o seu perfil poderá encaixar bem exactamente por cruzar as comunicações e a área mais financeira.

 

Aliás, uma das razões para a sua escolha poderá estar relacionada com o crescente papel desempenhado pela Euronext Lisbon enquanto centro tecnológico do grupo pan-europeu. O Porto ganhou o centro de tecnologias de informação da Euronext, que estava instalado em Belfast, projecto que é um dos mais importantes componentes lusos no seio do grupo.


Paulo Rodrigues da Silva é casado e tem dois filhos, ambos a estudar no estrangeiro. Gosta de desporto e é praticante de golfe.

 

Prepara-se agora para ser o terceiro presidente da bolsa portuguesa em menos de dois anos.

 


Os desafios do novo presidente da bolsa portuguesa
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Paulo Rodrigues da Silva foi o escolhido para suceder a Maria João Carioca à frente da Euronext Lisbon. Tiago Freire, Subdirector do Negócios, analisa esta escolha e quais os seus desafios para reanimar o mercado nacional.
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