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Paulo Rodrigues da Silva: Futuro da bolsa passa por PME e sectores em crescimento

O novo presidente da bolsa realça que o mercado accionista português está a passar uma fase de transição.

Pedro Elias
31 de Março de 2017 às 13:00
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A bolsa portuguesa tem perdido empresas de grande dimensão nos últimos anos. Mas, Paulo Rodrigues da Silva realça que a bolsa vive um momento de transição e o futuro da praça lisboeta deverá estar em empresas de menor dimensão, sectores em crescimento e com maior ambição internacional. E é junto destas empresas que o novo presidente da bolsa de Lisboa vai focar o seu trabalho.


"A bolsa no futuro será constituída não por empresas tão grandes, mas por empresas mais pequenas que vão olhar para o mercado de capitais como uma alternativa", explicou Paulo Rodrigues da Silva, no primeiro encontro com jornalistas, após ter assumido a liderança da Euronext Lisbon. Para o presidente da bolsa, um dos principais desafios é aumentar a dinâmica do mercado accionista português e torná-lo mais atractivo para que mais entidades procurem a praça nacional.


Paulo Rodrigues da Silva destaca o "momento de transição" que a bolsa está a atravessar e argumenta que no futuro deverá assistir-se ao "aparecimento de novas pequenas e médias empresas, com mais ambição internacional". Sectores como o turismo, a tecnologia e agro-alimentar, nomeadamente empresas ligadas aos vinhos, são algumas das indústrias que, segundo o presidente da bolsa, encaixam neste perfil e que poderiam traçar o seu rumo ao mercado de capitais no futuro.


Ainda assim, Rodrigues da Silva reconhece que o índice PSI-20 "é importante", mas "é o reflexo da economia e o que temos que fazer é estar mais próximo dos sectores que mais crescem", pelo que "a bolsa vai reflectir o que é a evolução da economia".


E, mais importante do que a dimensão das cotadas que compõem o índice, "o mais importante é que os investidores internacionais voltem a ter oportunidades de explorar oportunidades em Portugal".


Novos projectos


Paulo Rodrigues da Silva referiu ainda que a bolsa mantém um trabalho de cooperação com várias empresas, com o objectivo de dar a conhecer as várias vertentes e possibilidades que a bolsa lhes oferece, sendo que as acções são apenas uma das vertentes.


A Euronext Lisbon continua ainda a trabalhar no lançamento de produtos novos, nomeadamente os REIT e nas sociedades de fomento económico. Do lado do investidor, a bolsa tem apresentado algumas propostas ao Executivo. Para Paulo Rodrigues da Silva, para incentivar o investimento de longo prazo é necessário criar incentivos fiscais.


Por outro lado, com vista a aumentar a informação disponível para os investidores, a Euronext Lisbon fechou um acordo com a Morningstar para a cobertura de empresas de menor dimensão.

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