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Pandemia leva franceses a correr às pechinchas em bolsa

O número de investidores particulares que compraram ações em França disparou desde o início da pandemia. E existem 150 mil estreantes, revela um estudo.

Bloomberg
28 de Abril de 2020 às 15:05
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A forte queda nos mercados bolsistas levou os franceses a uma verdadeira "caça às pechinchas" durante a fase mais severa da pandemia da covid-19. Entre o final de fevereiro e o início de abril foram 580 mil os investidores particulares a comprar ações do índice SBF 120, sendo que 150 mil fizeram-no pela primeira vez.

Segundo um estudo divulgado esta terça-feira pela Autoridade dos Mercados Financeiros (AMF) francesa, "a compra de ações de empresas francesas por particulares quadruplicou em março".

E a proporção de novos investidores particulares é significativa. "Os 'estreantes', que investiram principalmente entre 9 e 27 de março, representam 27% dos particulares que compraram ações e foram responsáveis por 20% do valor investido", refere a AMF.

E poderá estar-se mesmo perante uma nova geração de investidores. Os novos investidores são mais novos do que a média de idades anterior a esta "explosão".

"Em média, estes investidores são 10 a 15 anos mais novos do que os particulares que habitualmente investiam na bolsa", indica a AMF.

Entre os investidores que optam pelos balcões de bancos, a média de idades dos investidores do retalho era de 61 anos em 2018 e 2019, e no caso destes novos investidores a média de idades baixa para 48 anos.

Já entre os particulares que compraram ações através de corretoras online, cuja clientela habitual é mais nova, metade dos novos investidores tem menos de 36 anos, quando a média habitual é de 49 anos.

O valor das ordens de compra, por seu turno, diminuiu durante este período, assinala a AMF, o que poderá ser explicado também pela menor capacidade financeira dos investidores mais jovens.

A mediana das compras pelos investidores habituais ronda os cinco mil euros, enquanto a mediana das compras dos novos investidores é de cerca de 2.500 euros, ou seja metade daquele valor.

O índica SBF 120, que reúne as 120 maiores cotadas francesas, caiu 26,5% face ao pico atingido a 19 de fevereiro. Pelo meio, a 18 de março, a queda chegou a ser de 39%.

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