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Palavras de Powell baralham contas em Wall Street

Os principais índices em Wall Street encerraram mistos, numa sessão marcada por declarações do presidente da Reserva Federal que estima que os juros diretores permaneçam elevados por mais tempo devido à falta de progresso na inflação.

O “benchmark” Standard & Poor’s 500 (S&P 500), o tecnológico Nasdaq 100 e o industrial Dow Jones têm batido recordes, mas depois das palavras de Powell derraparam.
Brendan McDermid/Reuters
Os principais índices norte-americanos encerraram mistos esta terça-feira, com os investidores a avaliarem as palavras de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, que afirmou que os números da inflação ainda não mostram o alívio desejado e que, por isso, as taxas de juro terão de permanecer elevadas por mais tempo.

O mercado atentou também nos riscos de uma escalada no Médio Oriente, num dia em que o gabinete de guerra israelita esteve reunido pela terceira vez consecutiva, com os decisores a avaliarem uma resposta ao ataque do Irão na madrugada de domingo. Em declarações à CNN, oficiais norte-americanos esperam que a retaliação seja limitada.

O S&P 500, referência para a região, cedeu 0,21% para 5.051,41 pontos, o industrial Dow Jones somou 0,17% para 37.798,97 pontos, após seis dias em queda, e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,12% para 15.865,25 pontos.

O setor das seguradoras de saúde foi um dos que registou os maiores ganhos, impulsionando o Dow Jones, depois de resultados positivos da gigante UnitedHealth que somou 5,32%.

Por sua vez, o Morgan Stanley pulou 2,47%, depois de ter lucrado 3,41 mil milhões de dólares no primeiro trimestre, uma subida anual de 14%. As receitas cresceram 4% para 15,14 mil milhões.

Ainda no setor da banca, o Bank of America caiu 3,53%. O BofA viu os lucros caírem 18% em termos homólogos para 6,67 mil milhões de dólares e as receitas reduziram-se 1,6% para 25,89 mil milhões. No entanto, a margem financeira subiu mais do que o previsto.

Já o BNY Mellon cedeu 1,98%, mesmo depois de ter superado as expectativas dos analistas em termos resultados dos primeiros três meses do ano.

Pela negativa, a Johnson & Johnson perdeu 2,13%, depois de os resultados da farmacêutica ter ficado aquém das expectativas dos analistas, com as vendas do fármaco para a psoríase a ficarem abaixo do esperado.

"Os investidores estão a tentar equilibrar uma narrativa com dois lados: o crescimento económico dos Estados Unidos, que permanece robusto e, ao mesmo tempo, a inflação e as taxas de juro, que acabarão por ser problemáticas para o mercado acionista", disse à Reuters James St. Aubin, diretor de investimentos da Sierra Mutual Funds.
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