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Novabase dispara mais de 15% após apresentar nova estratégia
A empresa liderada por João Nuno Bento vai apostar forte nas tecnologias de nova geração, uma estratégia que está a ser bem recebida pelos investidores.
Os investidores gostaram nas novidades ontem anunciadas pela Novabase. As ações estão a disparar na bolsa portuguesa depois da companhia liderada por João Nuno Bento ter anunciado as conclusões da reflexão estratégia que encetou durante vários meses e que vai resultar uma alteração estratégica relevante.
A Novabase vai privilegiar a aposta nas tecnologias mais recentes, que designa de Next-Gen. É o caso da inteligência artificial, cloud e Internet das Coisas.
A companhia também anunciou os resultados do primeiro semestre e uma alteração na política de remuneração aos acionistas, sendo que todas as novidades estão a ter um forte impacto na evolução da empresa em bolsa.
As ações disparam 15,61% para 2,74 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde junho de 2018. Um desempenho que alarga para 35% o ganho acumulado em 2019 e a capitalização bolsista para 86 milhões de euros.
Aposta nas Next-Gen
A Novabase traçou como meta para 2023 duplicar o volume de negócios no segmento das tecnologias mais recentes, para um montante superior a 150 milhões de euros. Na apresentação, esta quinta-feira, do plano estratégico, o CEO da empresa, João Nuno Bento, indicou que o foco estará na Europa e Médio Oriente. A empresa assegura que a maior parte desta "transformação" ocorrerá até 2021.
Este segmento de negócios Next-Gen já representou 55% dos 74,7 milhões de euros de faturação da Novabase no primeiro semestre. E é uma área onde os mercados internacionais são responsáveis por quase dois terços do volume de negócios.
"Seremos uma empresa de TI (Tecnologias de Informação) Next-Gen", resumiu João Nuno Bento. É esse o "reposicionamento no mercado" que estamos a fazer.
A aceleração deste segmento de negócio será alcançado quer por crescimento orgânico quer por fusões e aquisições, estimou, indicando que serão aquisições de "empresas de dimensão relativamente reduzida e que facilitem o acesso da Novabase a potenciais clientes". Assim, a prioridade serão compras de empresas nos mercados em que apostamos. Portugal não será prioritário para aquisições".
O investimento que o plano implica, "em particular em talento, onde temos investido na formação com a Novabase Academy" leva a administração a propor aos acionistas o fim da atual política de remuneração do capital, que assegurava a distribuição de um mínimo de 30% dos lucros aos acionistas.
Será também proposta a distribuição de um dividendo extraordinário de 0,5 euros por ação este ano, bem como uma operação de redução e posterior aumento de capital. Concluída esta operação, o capital social da Novabase será de cerca de 54,64 milhões de euros, com cada ação a ter um valor nominal de 1,74 euros.
A Novabase anunciou também que subiu os lucros semestrais em 16%, para 1,6 milhões de euros.