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Nasdaq supera a marca dos 7.000 pontos pela primeira vez
O índice já valoriza mais de 30% em 2017, beneficiando do forte desempenho das tecnológicas, sobretudo as de maior capitalização.
O sentimento positivo relacionado com o impacto da reforma fiscal nos Estados Unidos levou os índices de acções em Wall Street a atingirem novos recordes, com o Nasdaq a superar pela primeira vez a marca dos 7.000 pontos.
A cerca de três horas do fecho da sessão, o Nasdaq Composite avança 0,96% para 7.003,08 pontos. Os dois outros índices mais relevantes estão também em máximos históricos, com o Dow Jones a ganhar 0,72% para 24.828,55 pontos e o S&P500 a subir 0,67% para 2.693,63 pontos.
A meta dos 7.000 pontos surge apenas oito meses depois do Nasdaq ter quebrado o recorde dos 6.000 pontos, o que ilustra bem o ano positivo para o sector tecnológico dos Estados Unidos. Desde o início do ano, o índice já valoriza mais de 30%, apesar das maiores cotadas do sector tecnológico terem nas últimas semanas aliviado dos recordes fixados anteriormente.
A valorização de 30% este ano surge em cima dos ganhos conseguidos nos seis anos anteriores. O Nasdaq subiu 15,9% em 2012, 38,3% em 2013, 13,4% em 2014, e abaixo de 10% nos dois anos seguintes.
Para o desempenho deste ano muito contribuíram as denominadas FANG, bem como a Apple, que é a cotada mais valiosa do mundo e acumula uma subida de 52%. Em 2017, o Facebook valoriza 57%, a Amazon.com dispara 58,7%, o Netflix ganha 53,3% e a Alphabet (que controla o Google) ganha 39,3%.
Reforma fiscal impulsiona
A animar as acções nesta sessão estão os progressos na reforma fiscal norte-americana, que poderá ser promulgada pelo presidente dos Estados Unidos ainda esta semana.
Este domingo, responsáveis do partido Republicano admitiram esperar que o Congresso aprove a nova lei fiscal esta semana, estando a votação no Senado prevista para terça-feira. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá assinar a legislação no final da semana.
Já na sexta-feira, Wall Street marcou recordes, depois de os senadores republicanos que estavam divididos em relação à reforma fiscal terem apoiado o plano, que prevê uma redução dos impostos sobre as empresas de 35% para 21%.
O S&P500 já valoriza mais de 20% em 2017, preparando-se para completar o seu melhor ano desde 2013, com os investidores a anteciparem que uma redução dos impostos vai impulsionar os lucros e o pagamento de dividendos. O Dow Jones sobe mais de 25% este ano
Impostos mais baixos poderão também desencadear a repatriação de dinheiro, que os analistas de mercado dizem que poderá ser usado para fusões e aquisições.