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Mota-Engil ganha mais de 40% em 14 sessões
A entrada nos Camarões e a aproximação da entrada em bolsa da unidade africana foram os motores de crescimento da Mota-Engil nas últimas sessões. As acções encerraram em novo máximo de quase sete anos.
A Mota-Engil já acumula uma valorização superior a 40% desde o mínimo que registou há menos de um mês. O grande impulso foi dado nas duas últimas sessões, embora a tendência ascendente se sinta há cerca de três semanas.
As acções da construtora encerraram esta segunda-feira 9 de Junho com um ganho de 5,88% para 6,25 euros. Foi o fecho mais elevado desde Outubro de 2007, há perto de sete anos. Neste momento, a companhia sob o comando de Gonçalo Moura Martins vale 1.279 milhões de euros.
A subida em bolsa de segunda-feira, que superou o ganho de 0,58% do índice de referência PSI-20, seguiu-se ao avanço de 9% de sexta-feira passada. O que prolongou o desempenho positivo que se sente desde 21 de Maio, dia em que os títulos terminaram nos 4,41 euros, o valor mais baixo de 2013. Neste período, a valorização acumulada ascendeu a 42%.
A valorização de segunda-feira ocorre depois de anunciado, na quinta-feira, o contrato de 3,5 mil milhões de dólares, cerca de 2,6 mil milhões de euros, nos Camarões, para a construção de 580 quilómetros de linhas ferroviárias e um porto de águas profundas. Este era um dos seis mercados africanos que a construtora anunciou estar a estudar a entrada no final de Março.
O ganho de segunda-feira está, também, a ser alimentado pelas notícias que dão conta do acelerar do processo de colocação da unidade africana em bolsa. O Negócios avança que a Mota-Engil prepara, já, um "roadshow", em que vai apresentar aos investidores a unidade Mota-Engil África que pretende dispersar em bolsa até ao final de Junho.
O volume tem sido expressivo nos últimos dias, com a troca de 1,8 milhões de acções esta segunda-feira. A média diária nos últimos seis meses fixa-se nos 699 mil títulos negociados.