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Mota-Engil ganha contrato de 3,5 mil milhões nos Camarões
A Sundance Resources Ltd adjudicou um contrato de Engenharia, Procurement e Construção (EPC) à Mota-Engil Engenharia e Construção África nos Camarões.
Negócios
06 de Junho de 2014 às 00:22
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O contrato, no montante de 3,5 mil milhões de dólares (aproximadamente 2,6 mil milhões de euros), inclui a construção de 580 km de linhas ferroviárias e um porto de águas profundas na República dos Camarões, informou a Mota-Engil em comunicado divulgado na CMVM.
Segundo a Mota-Engil, "o contrato enquadra-se no projecto de minério de ferro Mbalam-Nabeba (um dos mais relevantes projectos de infra-estruturas do país e da região), localizado em Mbalam, a cerca de 485 km a leste da cidade costeira de Kribi na República dos Camarões, abrangendo ainda a zona de Nabeba na República do Congo".
"De acordo com a Sundance, todas as condições precedentes deverão estar observadas até meados de 2015, altura a partir da qual deverá arrancar a construção, que decorrerá durante um período de cerca de 42 meses, iniciando-se entretanto o desenvolvimento do projecto de execução e a realização de trabalhos preliminares", sublinha o documento.
Após concluídas, "as infra-estruturas servirão de escoamento da produção daquele projecto, de que a Sundance Resources Ltd [empresa internacional de mineração, cotada na bolsa australiana] é concessionária".
"Esta adjudicação, cuja estruturação do financiamento é coordenada pelo Standard Bank, é bem ilustrativa da capacidade do grupo Mota-Engil para, no âmbito do desenvolvimento dos seus negócios em África, se afirmar como "solutions provider" e, deste modo, participar activamente no desenvolvimento integrado de toda a região sub-sahariana", acrescenta o comunicado.
No passado dia 9 de Maio, o jornal estatal ugandês New Vision noticiou que a Mota-Engil tinha ganho uma obra de 60 milhões de euros no Uganda. Citado pela Bloomberg, o jornal sublinhava que a Mota-Engil venceu o projecto de alargamento da auto-estrada Northern Bypass, uma via que existe em torno da capital Kampala.
No final de Março, o presidente executivo da empresa, Gonçalo Moura Martins, já tinha confirmado que este era um dos seis países africanos em que estavam a ser estudados projectos – embora já fosse um mercado mencionado desde, pelo menos, 2012.
