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Mota-Engil lidera ganhos em Lisboa após semestre melhor que o previsto

A valorização da construtora supera os 2% na sessão desta quarta-feira, depois de a forte queda nos lucros - esperada pelo mercado devido a efeitos não-recorrentes - ter saído melhor que o previsto pelos analistas.

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As acções da Mota-Engil estão a reagir positivamente aos resultados apresentados pela construtora esta quarta-feira, registando os primeiros ganhos em três sessões e estando entre os títulos que mais valorizam no índice nacional.

Os papéis da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto) ganham 2,37% para 2,415 euros, depois de os lucros do primeiro semestre terem ficado em 4,6 milhões de euros, resultado de uma queda de 93,6% que já era esperada pelo mercado e que corresponde a ganhos não-recorrentes registados no mesmo período de 2016.

Ainda assim, a queda dos lucros da construtora ficou aquém do esperado pelo mercado, em que as antevisões dos analistas apontavam para um resultado líquido de 300 mil euros (média das opiniões dos especialistas ouvidos pela Reuters) ou mesmo prejuízos de 3,1 milhões de euros, que eram esperados pelo Haitong.

O recuo de quase 94% nos lucros compara com resultado líquido positivo de 72 milhões de euros no mesmo período de 2016, um número que na altura tinha sido obtido com o registo de ganhos extraordinários de 77 milhões da venda dos negócios da logística (Tertir) e das águas (Indáqua).

Também o EBITDA (186 milhões de euros, uma subida de 25,2%) e o volume de negócios (1.195 milhões, um ganho de 15,4%) saíram melhor que o esperado pelo mercado - os analistas previam, em média, ganhos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações de 161 milhões de euros e vendas de 1.071 milhões.

Num comentário posterior à apresentação dos resultados, o Caixa BI manifesta uma "opinião preliminar (...) globalmente positiva," ressalvando que a rubrica de minoritários absorveu o essencial das melhorias operacionais e "impediu o resultado líquido de apresentar uma subida mais expressiva," lê-se na nota assinada por José Mota Freitas e Artur Amaro, a que o Negócios teve acesso.

Nesta nota, o banco de investimento mantém o preço-alvo nos 2,20 euros (que pressupõe uma desvalorização potencial de 7,17%) e a recomendação de "vender".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

(Notícia actualizada às 9:12 com referência à nota do Caixa BI)
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