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Lucros da Mota-Engil recuam 93,6% para 4,6 milhões

Os resultados líquidos da Mota-Engil recuaram no primeiro semestre sem os efeitos extraordinários registados há um ano, mas superaram as estimativas dos analistas. O volume de negócios do grupo cresceu 15% e a carteira de encomendas atingiu os 4,9 mil milhões. 

30 de Agosto de 2017 às 07:13
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A Mota-Engil registou nos primeiros seis meses deste ano um resultado líquido de 4,6 milhões de euros, um valor que representa um recuo de 93,6% face ao mesmo período de 2016, altura em que o grupo obteve lucros de 72 milhões, com os ganhos extraordinários de 77 milhões da venda dos negócios da logística (Tertir) e das águas (Indáqua).

 

Os resultados líquidos apresentados esta quarta-feira pelo grupo de António Mota, que não incluem qualquer efeito extraordinário, superam as estimativas da pool de analistas sondados  pela Reuters, que apontavam para lucros de 300 mil euros nos primeiros seis meses. O Haitong previa mesmo que apresentasse um prejuízo de 3,1 milhões.

 

Também em termos de evolução do EBITDA e do volume de negócios, os resultados divulgados pela Mota-Engil superam as previsões. Os analistas previam, em média, que o grupo apresentasse um volume de negócios de 1.071 milhões e um EBITDA de 161 milhões, quando as vendas divulgadas pelo grupo foram superiores a 1.195 milhões de euros e o EBITDA a 186 milhões.

 

De acordo com os resultados apresentados esta quarta-feira, o volume de negócios da Mota-Engil subiu 15,4% até Junho, influenciado pelo crescimento de 37% na América Latina, e o EBITDA 25,2%.

 

Na Europa, o volume de negócios atingiu nestes seis meses os 380 milhões de euros, tendo a margem EBITDA aumentado de 11% para 16%.

 

De acordo com a Mota-Engil, a carteira de encomendas no negócio da construção registou um acréscimo de 130 milhões de euros em Portugal "impulsionado pelo aumento do investimento privado depois de anos de queda", refere. O grupo diz ainda esperar "o dinamismo do mercado de obras públicas a partir de 2018".

 

Entrada em novos mercados impulsiona África

 

Em África o grupo cresceu 4% conseguindo um volume de negócios de 349 milhões de euros e um EBITDA de 78 milhões, com a margem a fixar-se nos 22%.

 

De acordo com a empresa, estes valores "devem-se a uma forte contribuição de Angola, com a carteira de encomendas a registar 2.304 milhões de euros, motivada pela entrada em novos mercados com a Tanzânia e Guiné Conacri".

 

Na América Latina a Mota-Engil alcançou um volume de negócios de 469 milhões de euros e um EBITDA de 38 milhões. Esta região, onde a carteira de encomendas soma 1.700 milhões, contribui agora com 39% do volume de negócios consolidado do grupo.

 

Em Junho a empresa registou ainda um aumento da sua carteira de encomendas em 450 milhões face a Dezembro de 2016, atingindo os 4,9 mil milhões de euros.

O resultado financeiro, que em Junho de 2016 era de 29,9 milhões de euros negativos, agravou-se para os 47,2 milhões, também negativos, no final do primeiro semestre.   

 

A Mota-Engil, que deixou de apresentar resultados trimestrais, reduziu ainda a dívida líquida em 139 milhões de euros, melhorando o rácio dívida líquida/EBITDA para 2,7 vezes.

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