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Morgan Stanley baixa posição na Jerónimo Martins após receber dividendos

O banco norte-americano reduziu a sua participação no capital social da Jerónimo Martins para menos de 2%. Isto depois de ter adquirido uma posição que lhe permitiu receber a remuneração accionista.

24 de Junho de 2014 às 19:04
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O banco norte-americano Morgan Stanley baixou a sua posição no capital social da Jerónimo Martins. A venda ocorreu dias depois da compra de títulos da empresa, numa altura em que a retalhista dona dos supermercados Pingo Doce distribuiu dividendos.

 

"A Morgan Stanley comunicou à Jerónimo Martins que passou a deter, a 7 de Maio de 2014, direitos de voto correspondentes a 1,65% do capital social de Jerónimo Martins, um valor inferior ao limite de participação de 2%", indica o comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta terça-feira, 24 de Junho.

 

Após a transacção, o banco norte-americano passou a deter 10.408.781 direitos de voto da companhia nacional, através de diversas subsidiárias. A diminuição da participação é concretizada depois de ter superado a fasquia dos 2% a 2 de Maio, altura em que atingiu os 2,43% dos direitos de voto e capital social da empresa presidida por Pedro Soares dos Santos (na foto).

 

A Jerónimo Martins iniciou o pagamento de dividendos a 9 de Maio, sendo que as acções transaccionaram com direito à remuneração pela última vez a 2 de Maio. Ou seja, o banco norte-americano elevou a sua posição antes de ter poder para receber essa remuneração de 30,5 cêntimos por acção. Em seguida, reduziu-a.

 

Estes movimentos foram protagonizados também por outras instituições financeiras, que investiram na empresa antes do pagamento de dividendos, como é o caso do JPMorgan ou da Aberdeen Asset Managers Limited. Por exemplo, o JPMorgan reduziu, a 8 de Maio, para 1,89% dos direitos de voto da Jerónimo Martins, quando tinha chegado aos 2,53% no dia 2. Estas são operações habituais quando estão em causa investimentos financeiros, em que não há qualquer objectivo de influência na estratégia da empresa mas sim na busca de rentabilidade nas  aplicações realizadas.

 

 

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