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Mercados acalmam depois da maior queda desde o Brexit
A vitória de Donald Trump provocou uma reacção imediata nos mercados. Poucas horas depois, os mercados estão a acalmar. As bolsas europeias já caem menos de 1%, o euro sobe menos de 0,5% e o petróleo perde cerca de 1%.
Donald Trump venceu as eleições e será o 45.º presidente dos EUA, falta apenas conhecer a dimensão real da vitória do candidato republicano. Nesta altura, levando em linha de conta os resultados já conhecidos e as projecções da CNN, Trump já garantiu 288 votos no colégio eleitoral. Precisava de apenas 270 para ser eleito. Hillary Clinton está bastante distante dessa marca, tendo apenas 215 votos.
Estes resultados provocaram quedas acentuadas nas praças europeias, na Ásia, nos futuros do S&P500, no dólar e no petróleo. Mas a pressão já foi aliviada, algo para o qual terá ajudado o discurso de Trump, que prometeu duplicar o crescimento económico e reconstruir o país, com obra pública que dará trabalho a muitos americanos. "Agora que a campanha terminou, o nosso trabalho neste movimento está realmente agora a começar. Temos de começar a trabalhar para o povo americano". O próximo presidente dos EUA deixou mensagens que tentou ser de união para os americanos, mas também mensagens para o exterior, salientando estar disponível para se dar bem com todas as outras nações "dispostas a darem-se bem connosco".
Já os futuros do S&P, que estiveram a cair mais de 5%, estão agora a ceder 1,80%.
O euro, que esteve a subir 2,5%, segue a apreciar apenas 0,35% para 1,1065 dólares, com a moeda americana a aliviar as quedas frente às congéneres.
Já o petróleo, que nos EUA, esteve a deslizar mais de 4%, está a ceder 1,31% para 44,39 dólares, no caso do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque. Já o Brent, transaccionado em Londres, está a recuar 1,06% para 45,55 dólares, tendo chegado a depreciar 3,56%.
"As reacções não são tão más como esperaria, mas ainda é cedo", afirmou à Bloomberg Martin van Vliet, estratega no ING. "Claramente não é tão terrível como muita gente esperava há umas horas. Toda a gente está agora a pensar nas ramificações no longo prazo."