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Bolsas dos EUA já sobem e contagiam Europa  

As bolsas dos EUA já inverteram da tendência e sobem, ainda que com ganhos moderados. Na Europa, a maior parte dos índices também já está a subir.

Reuters
09 de Novembro de 2016 às 15:12
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Wall Street estava a negociar em terreno negativo, mas já inverteu dessa tendência e segue em alta. O Dow Jones sobe 0,28% para 18.383,92 pontos e o Nasdaq aprecia 0,10% para 5.198,891 pontos. De realçar que o toque do sino de abertura do Nasdaq foi feito no Web Summit, que decorre em Lisboa. Já o S&P500 valoriza-se 0,2% para 2.144,44 pontos.

 

Donald Trump venceu as eleições e será o 45.º presidente dos EUA, falta apenas conhecer a dimensão real da vitória do candidato republicano. Nesta altura, levando em linha de conta os resultados já conhecidos e as projecções da CNN, Trump já garantiu 288 votos no colégio eleitoral. Precisava de apenas 270 para ser eleito. Hillary Clinton está bastante distante dessa marca, tendo apenas 215 votos. 

Estes resultados provocaram quedas acentuadas nas praças europeias, na Ásia, nos futuros do S&P500, no dólar e no petróleo. Mas a pressão já foi aliviada, algo para o qual terá ajudado o discurso de Trump, que prometeu duplicar o crescimento económico e reconstruir o país, com obra pública que dará trabalho a muitos americanos. "Agora que a campanha terminou, o nosso trabalho neste movimento está realmente agora a começar. Temos de começar a trabalhar para o povo americano". O próximo presidente dos EUA deixou mensagens que tentou ser de união para os americanos, mas também mensagens para o exterior, salientando estar disponível para se dar bem com todas as outras nações "dispostas a darem-se bem connosco".

Este discurso ajudou a que o pânico que se estava a viver nos mercados acalmasse. As bolsas europeias, que estavam a cair mais de 5% antes da abertura, estão a recuar agora menos de 1%. O Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, recua apenas 0,08% para 334,65 pontos, ainda que alguns índices continuem a recuar mais de 1%, como o espanhol e o italiano. 

 

"Vimos Trump [no discurso] com um tom claramente mais suave do que o usado na maior parte da sua campanha, o que de alguma forma acalmou as reacções iniciais", afirmou Ken Odeluga. "Há ainda a expectativa de que com os republicanos no Senado e na Casa dos Representantes, o partido exerça uma influência mais benigna na Casa Branca", acrescentou.

Entre as cotadas que se destacam neste início de sessão está a cadeia de hospitais HCA, que desliza 14,53% para 69,13 dólares, devido aos receios de que Donald Trump altere as políticas de saúde e apoios sociais.


As empresas que estão expostas ao México também estão a reflectir os resultados. A Constellation Brands, que vende cervejas mexicanas, cai 5,98% para 156,59 dólares.

 

Já as farmacêuticas, que tinham registado quedas significativas com os receios de que uma vitória de Hillary Clinton levasse a uma queda generalizadas dos preços dos medicamentos, estão a subir. A Pfizer sobe 7,27% para 32,18 dólares, a AbbVie ganha mais de 5% e a Eli Lilly aprecia 3,86%.

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