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Presidente da bolsa de Lisboa rejeita imposição de quotas para mulheres nas empresas cotadas

Luís Laginha de Sousa considera que a imposição de quotas de género nas administrações das empresas cotadas do PSI-20 não é a melhor via para alcançar a igualdade. "Tudo o que são imposições às vezes têm efeitos contrários e mais negativos que aquilo que se pretende", afirmou.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Março de 2015 às 19:44
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Luís Laginha de Sousa considera que a imposição de quotas de género nos conselhos de administração das empresas cotadas na bolsa portuguesa pode ser contraproducente.

 

"Há muito talento que existe e que porventura não está a ser aproveitado, mas tudo o que são imposições às vezes têm efeitos contrários e mais negativos que aquilo que se pretende. A via da imposição não nos parece a mais correcta", afirmou Luís Laginha de Sousa esta terça-feira, 10 de Março.

 

As declarações foram proferidas no final de uma conferência na Euronext Lisboa inserida no âmbito da Global Money Week.

 

Laginha de Sousa defendeu que não devem ser acrescentadas mais regras às empresas cotadas na bolsa que já são as mais reguladas, isto num momento em que se pretende atrair mais empresas.

 

O presidente da bolsa de Lisboa disse ainda que o universo de empresas cotadas em Portugal é muito pequeno face ao total, portanto a imposição de quotas para as empresas do PSI-20 seria apenas "uma gota de água no caminho que há a fazer".

 

Laginha de Sousa defendeu que "há um conjunto de factores muito mais amplo" como os incentivos à maternidade e paternidade, que é necessário ter em conta para atingir o objectivo de aumentar a presença de mulheres nos lugares de topo.

 

O Governo anunciou, no dia 5 de Março, que vai iniciar negociações com as empresas cotadas em bolsa para que estas se comprometam a incluir pelo menos 30% de mulheres nos respectivos conselhos de administração até ao final de 2018. 

 

A posição de Laginha de Sousa vai de encontro às declarações da Associação de Emitentes de Mercado (AEM), que representa as empresas cotadas, que vê como positiva a resolução do Governo, mas considera que a solução não passa pela imposição de quotas.

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