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Juros em queda ligeira em todos os prazos
Os juros cobrados pelos investidores para apostarem em dívida pública portuguesa estão a recuar em todos os prazos no mercado secundário. A tendência é partilhada pela dívida de Espanha, Itália e Irlanda.
A dez anos, a "yield" cede 3,4 pontos base para os 3,631%, enquanto a cinco anos, os juros recuam 4,3 pontos base para os 2,587%, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg. A dois anos, as taxas exigidas pelos investidores para trocarem dívida entre si cai para 1,153%.
Também o prémio de risco da dívida portuguesa a dez anos face à dívida germânica está a descer situando-se nos 223,7 pontos base. A dívida da Alemanha é considerada como a mais segura e, por isso, vista como referência.
Depois de ontem terem subido em contra-ciclo com os restantes países da "periferia", os juros voltam hoje a recuar depois de, na sexta-feira, o Tribunal Constitucional ter chumbado três normas do Orçamento do Estado (OE) para este ano. Foi declarada a inconstitucionalidade com força obrigatória geral da norma do OE que alargou os cortes salariais dos funcionários públicos aplicando-os a partir dos de 675 euros brutos em diante.
Os analistas desvalorizaram esta primeira reacção ao chumbo do Constitucional em alta e acreditam que Portugal tem condições para emitir dívida no próximo dia 11 de Junho. O Tesouro tem de anunciar até sexta-feira se pretende aproveitar a primeira das duas "janelas" disponíveis para realizar uma nova emissão de dívida (11 de Junho).