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JPMorgan: Bolsas podem corrigir até 40%
O gestor que é visto como um potencial sucessor de Jamie Dimon na liderança do JPMorgan diz que os investidores vão reagir mal se Trump continuar a guerra comercial.
Daniel Pinto (na foto), co-presidente do JPMorgan com o pelouro das unidades de "trading" e banca de investimento, diz que é possível os mercados accionistas registarem uma correcção de até 40% nos próximos dois a três anos.
Esta perspectiva, avançada numa entrevista à Bloomberg TV, deve-se aos efeitos da política monetária dos principais bancos centrais do mundo, que vão intensificar o aumento de juros. "Pode ser uma correcção profunda", disse Daniel Pinto, avançando que "pode variar entre 20% a 40%, dependendo da avaliação".
"Sabemos que irá acontecer uma correcção em qualquer altura", acrescentou o gestor. Daniel Pinto foi nomeado em Janeiro para o cargo de co-presidente e co-COO do JPMorgan norte-americano, sendo um dos nomes apontados para substituir Jamie Dimon na liderança daquele que é um dos maiores bancos norte-americanos.
Há 35 anos no JPMorgan, este argentino ficou mais pessimista com a evolução dos mercados devido perspectiva de uma guerra comercial. Os mercados estão "nervosos" e se o presidente Donald Trump for além do que já anunciou com as tarifas sobre alumínio e aço, os investidores podem reagir de forma muito negativa.
A concretizar-se a visão mais pessimista de Daniel Pinto, as bolsas iriam regressar a níveis registados há dois anos. Desde Fevereiro de 2016 o S&P500 valorizou 47%.
Apesar da correcção registada em Fevereiro deste ano, as bolsas norte-americanas estão em terreno positivo no ano. O S&P500 sobe 1,99% em 2018.