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Jerónimo Martins sobe mais de 3% após divulgar aumento das vendas
As acções da retalhista estão a negociar no nível mais elevado das últimas seis semanas, depois de a empresa ter revelado que as suas vendas cresceram mais de 8% no ano passado.
As acções da Jerónimo Martins estão a negociar em alta esta quarta-feira, 13 de Janeiro, depois de a empresa ter reportado um crescimento das vendas em 2015.
Os títulos avançam 3,38% para 12,985 euros, elevando para quase 7,5% a valorização acumulada desde a sessão de ontem. A cotação actual é a mais elevada desde o dia 3 de Dezembro.
Esta terça-feira, após o fecho dos mercados, a empresa revelou que as vendas líquidas atingiram 13,27 mil milhões de euros no exercício de 2015, um crescimento de 8,3% face ao ano fiscal de 2014.
Do total, a cadeia polaca Biedronka foi responsável por 9,2 mil milhões de euros, mais 9,2% do que um ano antes, enquanto a cadeia Pingo Doce (detida em 51% pela JM e em 49% pelos holandeses da Ahold) perfez 3,4 mil milhões de euros, mais 5,4%.
Na Colômbia, a cadeia Ara "continou a progredir bem", segundo o grupo, "e atingiu vendas de 122 milhões de euros, fechando o ano com 142 lojas a operar em duas regiões" daquele país do continente americano (mais 56 unidades abertas no ano passado).
Numa nota de research publicada esta quarta-feira, os analistas do CaixaBI sublinham que o crescimento das vendas do grupo Jerónimo Martins superou as suas estimativas em 0,3 pontos percentuais e confirmaram "o momento positivo da empresa ao nível do crescimento de vendas, tanto em Portugal como na Polónia".
"De uma maneira geral, reiteramos a nossa visão positiva", para a Jerónimo Martins, acrescenta a nota do CaixaBI, que manteve a recomendação para as acções em "comprar" e o preço-alvo em 14,20 euros. Esta avaliação atribui aos títulos um potencial de valorização de mais de 9%, tendo em conta a cotação actual.
Segundo o BPI, a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos tem apresentado um desempenho acima dos pares da Zona Euro, acumulando uma valorização desde o início do ano de 4,70%.
"A acção deverá continuar suportada por um forte resultado por acção nos próximos trimestres, sendo que o novo imposto na Polónia (cujos detalhes serão revelados no dia 18 de Janeiro) não deverá assumir um carácter discriminatório", explicita o BPI numa nota de research.
A Exane BNP Paribas sublinha que as "incertezas em torno do imposto na Polónia mantêm-se" mas a empresa comprovou, novamente, o seu foco no cliente e a sua vantagem competitiva. Com vendas "resilientes" a conduzirem a um bom crescimento dos lucros e "sinais encorajadores" vindos da Colômbia, a Exane manteve a recomendação para as acções da Jerónimo Martins em "outperform" e o preço-alvo em 14,5 euros.