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Jerónimo Martins e Sonae empurram PSI-20 para as quedas
A bolsa nacional já inverteu para terreno negativo, penalizado pela Sonae e pela descida superior a 3,5% da Jerónimo Martins. Na Europa, a maioria das bolsas também não sustentou os ganhos.
Depois de ter estado a negociar em alta nas primeiras duas horas de negociação, a bolsa nacional já inverteu para terreno negativo penalizada pela Jerónimo Martins e pela Sonae. Com 12 cotadas em queda, seis em alta e uma inalterada, o PSI-20 desce 0,33% para 5.252,44 pontos.
Na Europa, a maioria dos principais índices também já cedeu às perdas, numa altura em que os investidores estão a analisar a "chuva" de resultados que estão a ser divulgados hoje.
Destacam-se, nesta altura, as acções do Deutsche Bank, que afundam mais de 3,5%, depois de a instituição ter revelado uma quebra das receitas, e da AstraZeneca, que afundam mais de 15%, a reagir ao falhanço de uma nova terapia para o cancro.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 0,07% para 382,48 pontos, penalizado principalmente pelas cotadas do sector da saúde.
Em Lisboa, é o retalho que mais penaliza, com destaque para a Jerónimo Martins, cujos títulos estão a reagir negativamente aos resultados apresentados no final da sessão de ontem. A retalhista afunda 3,51% para 16,76 euros – o valor mais baixo desde Maio – depois de ter anunciado que os seus lucros aumentaram 0,6% no primeiro semestre para 173 milhões de euros, um valor abaixo do esperado pelos analistas.
Já a Sonae recua 1,02% para 96,8 cêntimos.
A contribuir para a tendência negativa estão ainda a REN e Altri, que apresentam os seus resultados após o fecho do mercado, juntamente com o BCP, a Impresa, a Cofina, a Novabase e a EDP.
A Altri desce 0,66% para 3,942 euros, enquanto a REN cai 0,61% para 2,771. Ainda na energia, a EDP Renováveis valoriza 0,15% para 6,79 euros, a Galp Energia desce 0,07% para 13,45 euros e a EDP ganha 0,33% para 3,00 euros.
De acordo com as projecções do CaixaBI, a eléctrica liderada por António Mexia terá fechado o semestre com lucros de 381 milhões de euros, o que representa uma descida de 19% face ao resultado líquido de 472 milhões registado no mesmo período do ano passado. As contas da empresa terão sido negativamente afectadas por condições climáticas desfavoráveis, com uma menor produção hídrica.
Por outro lado, a evitar maiores descidas do PSI-20 estão o BCP e a Navigator. O banco liderado por Nuno Amado avança 0,56% para 25,19 cêntimos e a Navigator soma 0,76% para 3,702 euros, depois de ter revelado que os seus lucros aumentaram 12,4% no primeiro semestre para 96 milhões de euros.