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Lucros da Navigator sobem 12,4% no primeiro semestre e batem estimativas
A empresa liderada por Diogo da Silveira fechou o primeiro semestre deste ano com lucros de 96 milhões de euros, quando os analistas apontavam para 83,8 milhões.
A Navigator fechou o primeiro semestre deste ano com lucros de 96 milhões de euros, o que representa uma subida de 12,4% face ao resultado líquido de 85,5 milhões de euros alcançado no mesmo período do ano passado.
Os lucros da empresa liderada por Diogo da Silveira, impulsionados pela melhoria dos resultados financeiros e operacionais, superaram as estimativas do CaixaBI que apontavam para 83,8 milhões de euros.
No período entre Janeiro e Junho, o volume de negócios aumentou 4,4% para 812,6 milhões de euros, um crescimento sustentado essencialmente pelo bom desempenho nas vendas de pasta, de energia e de tissue.
Em comunicado à CMVM, a empresa informa que o EBITDA aumentou 1,6% para 198,4 milhões de euros, reflectindo uma margem EBITDA/Vendas de 24,4%. "Ao longo do semestre, o grupo continuou a trabalhar na redução global dos seus custos e no aumento de produtividade", revela o comunicado.
Os resultados financeiros passaram de um valor negativo de 13,5 milhões de euros, no primeiro semestre de 2016, para um valor negativo de 8,3 milhões no mesmo período deste ano. Uma evolução que a empresa justifica com a redução significativa dos custos de financiamento.
"Esta evolução positiva deve-se essencialmente à redução significativa dos custos com financiamentos, tendo os juros suportados diminuído cerca de 4 milhões de euros, em resultado da reestruturação e contratação de novos financiamentos", refere a Navigator, acrescentando que a evolução dos resultados financeiros é também afectada por efeitos não recorrentes verificados em 2016.
No final do semestre, a dívida líquida do grupo situava-se em 737,9 milhões de euros, o que representa um aumento de 97,2 milhões em relação ao final do ano de 2016, essencialmente devido ao pagamento de dividendos no montante de 170 milhões de euros em Junho.
Incêndios queimaram 800 hectares da Navigator
No comunicado à CMVM, a Navigator informa que dos 50 mil hectares de área ardida nos incêndios florestais de Junho nos concelhos de Pedrógão Grande, Góis e Sertã, 800 hectares são da empresa, que não antecipa, contudo, riscos no fornecimento de madeira.
"Embora o impacto directo deste incêndio nas matas do grupo tenha sido reduzido, vários fornecedores nacionais foram afectados, sendo ainda difícil estimar o possível impacto destes incêndios em anos futuros", explica a companhia de pasta e papel. "De qualquer forma, não se antecipam neste momento quaisquer riscos no fornecimento de madeira às unidades fabris do grupo".
A Navigator recorda que, juntamente com a Altri, esteve envolvida "desde a primeira hora no combate aos incêndios", tendo ambas as empresas decidido contribuir com um milhão de euros, dos quais meio milhão de euros serão destinados ao fundo especial de apoio às organizações da sociedade civil da região de Pedrógão Grande, constituído pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Além disso, Navigator e Altri "decidiram também investir na recuperação de encostas, linhas de água e infraestruturas florestais, nas zonas afectadas pelos incêndios, conforme um plano técnico com 12 acções, disponibilizando ainda o apoio especializado das suas equipas", acrescenta o comunicado.