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Investimento na Rioforte retira quase 27% às acções da PT

Em apenas oito sessões, desde que foi noticiado o investimento da PT na Rioforte, as acções da operadora portuguesa já caíram 26,7%. Na sessão desta terça-feira atingiram um novo mínimo histórico e encerraram com uma queda superior a 5%.

Record
08 de Julho de 2014 às 17:22
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As acções da Portugal Telecom encerraram a sessão desta terça-feira, 8 de Julho, num novo mínimo histórico de 2,117 euros, depois de um recuo de 5,07%. Significa isto que a empresa, que está cotada em bolsa desde Junho de 1995, há mais de 19 anos, nunca valeu tão pouco.

 

Durante toda a sessão, trocaram de mãos mais de 20 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses não vai além dos 7,5 milhões. No entanto, desde 27 de Junho, dia em que o mercado começou a reagir às notícias do investimento da operadora na Rioforte, o volume de transacções tem superado largamente a média diária.

 

O investimento da Portugal Telecom na Rioforte, uma empresa do Grupo Espírito Santo, foi noticiado no dia 26 de Junho, após o fecho do mercado, uma data que marca o início da trajectória descendente das acções da operadora portuguesa. Desde então, decorridas oito sessões em que apenas uma foi de ganhos, as acções já desvalorizaram 26,7%, o que eleva as perdas acumuladas desde o início do ano para 33%. O valor de mercado da empresa é, à cotação de fecho da sessão de hoje, 1.897,9 milhões de euros.

 

A empresa liderada por Henrique Granadeiro encontra-se em processo de fusão com a Oi, mas o investimento na Rioforte, que não foi do conhecimento da brasileira, poderá colocar problemas à operação. Logo depois de o investimento se tornar notícia, a Oi fez questão de esclarecer a sua posição e anunciou, em comunicado, que "tomará as medidas necessárias à defesa dos seus interesses" no caso do financiamento que a empresa portuguesa cedeu à Rioforte, até porque "não foi informada nem participou das decisões" em torno deste tema.

 

O documento foi publicado numa altura em que se noticiou que o memorando da fusão entre a PT e a Oi poderia ser revisto devido a este investimento de tesouraria.

 

Esta terça-feira foi a vez de o BNDES, que é acionista da Oi, criticar o acto de gestão da operadora portuguesa, um acto que diz ser contra os bons princípios de governação.

 

Em comunicado, o BNDES considera "as operações inconsistentes com padrões mínimos de boa governança corporativa", garantindo ter pedido mais informações "detalhadas" sobre a aplicação feita. O BNDES é accionista da Telemar Participações, ou seja, da Oi.

 

Ao mesmo tempo, também se sucedem as notícias sobre as dificuldades financeiras do Grupo Espírito Santo. Sabe o Negócios que clientes do Banque Privée Espírito Santo, que gere fortunas e é controlado pelo Espírito Santo Financial Group,estão confrontados com o atraso no reembolso das aplicações que fizeram em papel comercial da Espírito Santo International, "holding" de topo do Grupo Espírito Santo (GES) que está em situação de falência técnica. 

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