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H&M com a maior queda em bolsa dos últimos 16 anos
As acções da H&M estão a afundar mais de 15%, depois de a empresa ter revelado a maior queda trimestral das vendas em pelo menos uma década.
As acções da retalhista de vestuário H&M estão a afundar na bolsa de Estocolmo, em reacção à quebra das vendas registada no último trimestre, que a levam a perder cada vez mais terreno para a grande rival Inditex, dona das marcas Zara e Massimo Dutti.
Os títulos descem 15,08% para 170,10 coroas suecas, depois de terem chegado a afundar um máximo de 15,88%, a maior desvalorização intradiária dos últimos 16 anos.
Esta sexta-feira, a H&M anunciou que as suas receitas (excluindo IVA) desceram 4% para 50,4 mil milhões de coroas suecas (cerca de 5,06 mil milhões de euros) nos três meses que terminaram em Novembro, o que representa a maior quebra trimestral em, pelo menos, uma década.
Os números contrariaram totalmente as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que antecipavam uma subida das receitas de 2%. A agência noticiosa adianta que as vendas da retalhista só caíram em três trimestres nos últimos dez anos.
"A H&M apresentou provavelmente o seu pior desempenho de sempre", escreveu o analista da Raymond James, Cedric Lecasble, citado pela Bloomberg. "A cadeia de fornecimento da H&M tem falta de reactividade, o que é um dos maiores problemas estruturais do grupo, perante as mudanças abruptas na moda", acrescenta Cedric Rossi, analista da Bryan Garnier.
Esta sexta-feira, a H&M informou que pretende acelerar o seu plano para integrar melhor as lojas físicas e digitais, esperando dar mais detalhes sobre a sua estratégia na conferência com investidores de 14 de Fevereiro.