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Harvey deixa Wall Street sem direcção
As seguradoras negociaram em queda e as refinarias fora do Texas impulsionaram os índices.
Os índices norte-americanos fecharam mistos e com variações pouco expressivas, com o impacto dos danos causados pela tempestade Harvey a deixar as bolsas sem direcção.
Depois de três sessões consecutivas de perdas, o Nasdaq subiu 0,28% para 6.283,016 pontos. Já o Dow Jones desvalorizou 0,02% para 21.808,40 pontos e o S&P500 ganhou 0,04% para 2.444,06 pontos.
A tempestade está a atingir fortemente o estado do Texas, o coração do sector energético dos Estados Unidos, aumentando as preocupações sobre as consequências do furacão para a economia norte-americana.
O Harvey provocou já oito vítimas mortais sendo que as estimativas apontam para prejuízos de 16 mil milhões de dólares. Foram assim as seguradoras que mais pressionaram os índices em baixa, com a Travelers a cair 2,6% e a Progressive a ceder 2,3%.
Entre as cotadas que mais impulsionaram os índices estão as empresas que controlam refinarias fora da região do Texas e que podem tirar partido de uma maior procura e preços mais elevados, como é o caso HollyFrontier e da PBF Energy, que valorizaram mais de 6%.
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a deslizar pela segunda sessão consecutiva, tendo atingido já o valor mais baixo desde Maio de 2016.
A contribuir para a desvalorização da divisa norte-americana está a falta de indicações concretas sobre o rumo da política monetária nos Estados Unidos, já que no encontro de Jackson Hole, que terminou no sábado, a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Janet Yellen, não deu qualquer pista.
Também o crude negociado em Nova Iorque desce 2,53% para 46,66 dólares. Já o ouro sobe 1,6%, tendo fechado acima dos 1.300 dólares a onça pela primeira vez desde Novembro.
Em destaque na sessão desta segunda-feira estão os títulos da Kite Pharma, com uma subida de 28% para 178,05 dólares, depois de ter sido noticiado que a empresa será comprada pela Gilead Sciences. As acções da farmacêutica norte-americana valorizam 1,22% para 74,69 dólares.