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Goldman Sachs projecta desvalorização de 10% em Wall Street

A incerteza política e económica leva o banco de investimento a recomendar aos clientes que fiquem afastados do mercado de acções dos Estados Unidos.

Bloomberg
07 de Julho de 2016 às 14:31
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Segundo o Goldman Sachs, esta não é a altura para comprar acções. Numa nota a clientes assinada pelo estratega-chefe para as acções dos EUA, David Kostin, o banco de investimento projecta um recuo de até 10% do S&P 500, antes de uma recuperação para 2.100 pontos no fim do ano.

 

"Embora os investidores pareçam complacentes após o Brexit, o actual ciclo económico com avaliações elevadas, a desaceleração das recompras de acções e a crescente incerteza política oferecem a base para uma possível fragilidade do mercado no segundo semestre", refere o Goldman. "Contudo, o crescimento acima da tendência do PIB dos EUA, a cautela da Fed e a recuperação dos lucros devolverão o S&P 500 para 2.100 pontos até ao final do ano, prolongando a tendência de mercado ‘flat’ dos últimos dois anos".

 

Com metas para 3, 6 e 12 meses do S&P 500 em 1.950, 2.100 e 2.150 pontos, respectivamente, o banco de investimento tem recomendado aos clientes que invistam em empresas com alto rendimento e elevada exposição doméstica devido à crescente incerteza económica e política.

 

Infelizmente para os optimistas com o mercado de acções, de forma mais ampla, o Goldman espera que a incerteza aumente ainda mais com a proximidade das eleições presidenciais nos EUA.

 

Entre os sectores que oferecem as melhores oportunidades, com base na análise histórica do Goldman, estão os de saúde, serviços de telecomunicações e consumo discricionário. Entre as apostas de maior risco estão energia, materiais e bens industriais.

 

O Goldman Sachs não é o único banco de Wall Street a prever uma queda das acções. O chefe de estratégia para acções dos EUA do JPMorgan, Dubravko Lakos-Bujas, e a chefe de estratégia para acções dos EUA do Bank of America, Savita Subramanian, mantêm metas de 2.000 pontos para o fim do ano. Esse patamar representa uma queda de mais de 4% em relação ao último fecho, nos 2.088 pontos.

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