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Goldman: Wall Street pode afundar 25% se juros atingirem os 4,5% até ao fim do ano

Os juros dos EUA têm subido, atingindo, em alguns casos máximos. O Goldman Sachs elaborou alguns cenários em relação aos juros e conclui que se os juros atingirem os 4,5% até ao final do ano, as bolsas perderão até 25% do seu valor.

As obrigações soberanas não têm sido o activo mais popular nos últimos anos, devido às rentabilidades negativas. Mas, em momentos de maior turbulência, é neste tipo de activos que a maioria dos investidores procura refúgio. E, desta vez, não será excepção. A maioria dos especialistas prefere, porém, a exposição às 'treasuries' norte-americanas.

'Com a maioria da economia mundial a abrandar decidimos aumentar a nossa alocação em títulos de dívida, sobretudo obrigações norte-americanas', escreve o Pictet numa nota de estratégia, divulgada na semana passada. A gestora de activos diz que há vários factores que favorecem a exposição às 'treasuries', face, por exemplo, às 'bunds' alemãs. 'Os mercados accionistas tendem a ser mais voláteis durante Julho e Agosto, o que pode levar a uma maior procura por obrigações soberanas dos EUA', explicam os especialistas.

Já a Amundi 'continua a favorecer títulos com uma duração curta nas obrigações 'core' devido às avaliações caras e ao fim dos estímulos que se está a aproximar'. Fora da dívida, os investidores podem ainda procurar refúgio no mercado cambial. Além do iene, uma das principais apostas dos investidores em momentos de maior instabilidade, o dólar é outro dos refúgios. Devido à divergência na política monetária entre os EUA e a Zona Euro, a nota verde deverá valorizar face ao euro.
EPA
25 de Fevereiro de 2018 às 17:24
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A taxa de juro associada à dívida a 10 anos dos EUA tem registado subidas recentemente, muito devido à especulação em torno do ritmo de subida de juros no país. Esse contexto chegou a ditar quedas acentuadas nas bolsas dos EUA, que depois se repercutiram no resto do mundo. Os receios acalmaram e as quedas nas bolsas também. Mas o Goldman Sachs não exclui novas subidas dos juros e consequentes descidas das bolsas, que poderão ser significativas, de acordo com a Bloomberg.

 

O cenário central do Goldman Sachs aponta para que a taxa de juro das obrigações dos EUA a 10 anos suba para 3,25%, no final do ano. Actualmente está abaixo dos 2,9% (o que já representa um máximo de quatro anos).

 

Mas o banco de investimento realizou testes de stress, apontando para uma subida de juros para os 4,5%, o que ditaria quedas acentuadas nas bolsas americanas

 

"Uma subida de juros para 4,5% até ao final do ano, poderá causar uma queda no preço das acções entre 20% a 25%", revela o Goldman Sachs numa nota citada pela Bloomberg. Estes cálculos têm por base o pico atingido pelo S&P500 no final de Janeiro (2.872,87 pontos).

 

O economista que assina a nota, Daan Struyven, admite que a economia também sofreria uma queda pronunciada, mas afasta o cenário de recessão.

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