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Galp e banca acentuam queda do PSI-20

O principal índice da bolsa de Lisboa está a acentuar a queda registada no arranque da sessão, penalizado pelos títulos da Galp Energia e da banca. No resto da Europa, não se verifica uma tendência definida. Destaque para praça grega, que cai mais de 20% depois de várias semanas sem negociar.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Agosto de 2015 às 10:06
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A bolsa nacional está a acentuar a desvalorização registada no arranque da sessão. O PSI-20 desce 0,77% para os 5.671,35 pontos, com 12 empresas em queda e seis em alta. Entre as restantes congéneres europeias não se verifica uma tendência definida. O Stoxx 600, o índice de referência, soma 0,59%. Do lado dos ganhos está o IBEX 35 (soma 0,32%), o britânico Footsie (cresce 0,05%), o DAX (valoriza 0,53%), o holandês AEX (soma 0,24%) e o italiano MIB (aprecia 0,24%).

Por outro lado, em queda, além de Lisboa, está o francês CAC 40 (desce 0,25%) e o principal índice grego (que recua 21,30%). A desvalorização do principal índice helénico tem lugar depois desta praça ter estado encerrada durante mais de um mês. A bolsa grega não negociava desde 29 de Junho, a mesma altura em que foram impostos controlos de capitais e que os bancos do país fecharam portas.

A penalizar a praça nacional estão os títulos da Galp Energia e da banca. No sector energético, a Galp Energia recua 2,61% para 10,275 euros. Este comportamento tem lugar numa altura em que os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais depois de o Irão ter anunciado que poderá aumentar a sua produção de petróleo em 500 mil barris por dia dentro de uma semana, quando forem levantadas as sanções, e em um milhão de barris por dia, um mês depois, de acordo com a agência estatal Islamic Republic News. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desce 2,09% para 51,12 dólares por barril.


Ainda neste sector, a EDP recua 1,01% para 3,334 euros. A eléctrica prolonga, assim, a queda registada na passada sexta-feira – a maior desde 12 de Maio – devido à redução dos lucros no primeiro semestre do ano. A empresa liderada por António Mexia anunciou na quinta-feira, 30 de Julho, que obteve um resultado líquido de 587 milhões de euros no primeiro semestre, o que traduz uma queda de 7% face ao período homólogo. O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) cresceu 7% para 2.131 milhões de euros.


Os analistas do Caixa BI assinalam que os resultados da EDP foram impactados de forma positiva pelo ganho extraordinário contabilizado na sequência da aquisição a desconto da participação de 50% da Eneva em Pecém e penalizados pelos "baixos níveis de hidraulicidade, diminuição do recurso eólico e pela situação de seca no Brasil".

A EDP Renováveis cede 0,34% para 6,646 euros, enquanto a REN soma 0,04% para 2,73 euros. A empresa liderada Rodrigo Costa anunciou na sexta-feira que os lucros referentes ao primeiro semestre do ano subiram 29% para 75,3 milhões de euros.  

Na banca, o BCP desvaloriza 1,29% para 6,91 cêntimos. O banco apresentou os resultados semestrais no dia 27 de Julho e surpreendeu pela positiva ao anunciar lucros de 240,7 milhões de euros no primeiro semestre, acima dos 150 milhões de euros esperados pelos analistas e no valor mais elevado desde 2007. Contudo, os investidores ficaram decepcionados com a queda da margem financeira, o que contribuiu para acentuar a tendência negativa dos títulos.

O BPI recua 1,65% para 1,014 euros. E o Banif soma 1,64% para 0,62 cêntimos. No retalho, a Jerónimo Martins perde 0,63% para 13,445 euros. E a Sonae desce 0,71% para 1,254 euros.

 

A Nos cede 0,13% para 7,706 euros. A Pharol soma 0,29% para 34,1 cêntimos.

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