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Fusão de acções "rouba" 171 milhões ao BCP

Os títulos do banco liderado por Nuno Amado recuaram significativamente esta terça-feira. O BCP chegou a perder mais de 9%, pressionado pela proposta da administração de avançar com uma fusão de acções.

Pedro Elias/Negócios
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Após terem arrancado a sessão em queda, as acções do BCP mantiveram a tendência até ao fecho. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado (na foto) perderam 6,80% do seu valor esta terça-feira, 29 de Março, ficando a valer 3,99 cêntimos. O pior desempenho desde 9 de Fevereiro, que tirou à capitalização bolsista do banco 171,2 milhões de euros.

Mas as quedas chegaram a ser superiores na sessão. É que as acções do BCP afundaram um máximo de 9,37% para 3,88 cêntimos, um mínimo de 10 de Março. E a reflectir as fortes quedas esteve a transacção de títulos. Isto porque foram negociadas quase 576 milhões de acções do banco, muito acima da média diária de 322 milhões.

A justificar este desempenho está o anúncio de que, na assembleia-geral do próximo dia 21 de Abril, a instituição irá propor uma fusão de acções. O banco quer unir 193 acções num só título, reduzindo, assim, a quantidade disponível no mercado – o BCP tem 59 mil milhões de títulos.

Tendo em conta o valor de fecho da última quinta-feira (0,0428 euros), cada acção do BCP passaria, então, a valer 8,26 euros. Esta operação tem como único objectivo aumentar o valor unitário das acções, sendo que o valor de mercado da instituição continuaria a ser o mesmo. No entanto, além do "reverse stock split", o BCP pretende ainda abrir o seu capital a um novo accionista.

Mas os títulos estão também a ser ainda afectados pelo fim das negociações entre os dois principais accionistas do BPI, uma vez que vinham a ser sustentadas pelo ângulo especulativo em torno do sector. Após ter subido quase 50% para um máximo de 4,64 cêntimos, registado a 14 de Março, as acções do BCP acumulam uma queda de 13,96% desde então. 

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